"Contribuição para o Conhecimento dos Grandes Mamíferos do Plistocénico Superior de Portugal"
de João Luís Cardoso

1ª Edição de 1993
Câmara Municipal de Oeiras
568 Páginas

Este estudo apresenta uma revisão dos mamíferos de grande porte do Pleistoceno Superior de Portugal, excluindo os mustelídeos. Na sequência do estudo dos materiais guardados nos Serviços Geológicos de Portugal e de outras Instituições, bem como de sítios actualmente em exploração, estudámos os materiais recolhidos pelo CEPUNL, nomeadamente num dos mais importantes sítios conhecidos, a gruta da Figueira Brava. Os locais estudados apresentaram interesse desigual. Quanto às escavações mais antigas, não se conhecem elementos de estratigrafia, excepto as grutas da Furninha e da Casa da Moura. Para uma lista de condições geológicas e idade dos sítios, ver QUADROS 150, 151. No capítulo referente à Paleontologia, são descritos 26 táxons. 12 destes taxa são referidos pela primeira vez em Portugal (QUADRO 152), sendo um deles Equus caballus antunesi novo para a Ciência. Finalmente, as informações paleontológicas, juntamente com as associações faunísticas, permitem-nos fazer um ensaio da evolução paleoclimática durante o Pleistoceno Superior. Até o final de Würm, o clima era essencialmente úmido e quente; alguns táxons, como Canis lupus lunellensis, Hyaena hyaena prisca e Elephas antiquus, sobreviveram aqui até a última glaciação, esta última mesmo durante o final do Würm, mais tarde do que se sabe em outros lugares da Europa. A amenidade climática se estendeu até o final de Würm, interrompido por curtos períodos de frio moderado, que justificam a ocorrência de espécies como Capra pyrenaica e Rupicapra rupicapra. Hyaena hyaena prisca e Elephas antiquus sobreviveram aqui até a última glaciação, esta última mesmo durante o final do Würm, mais tarde do que se sabe na Europa. A amenidade climática se estendeu até o final de Würm, interrompido por curtos períodos de frio moderado, que justificam a ocorrência de espécies como Capra pyrenaica e Rupicapra rupicapra. Hyaena hyaena prisca e Elephas antiquus sobreviveram aqui até a última glaciação, esta última mesmo durante o final do Würm, mais tarde do que se sabe na Europa. A amenidade climática se estendeu até o final de Würm, interrompido por curtos períodos de frio moderado, que justificam a ocorrência de espécies como Capra pyrenaica e Rupicapra rupicapra.

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