Particular
Tipo: Clássicos
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Descrição
Livro em excelente estado, raridade, antiguidade
A Arte de Furtar,
Anónimo (séc. XVII)
Editorial Estampa, 1970
Arte de Furtar (1652)
Obra publicada anonimamente, com o subtítulo Espelho de Enganos, Teatro de
Verdades, Mostrador de Horas Minguadas, Gazua Geral dos Reinos de
Portugal.
Apesar de ter-se atribuído a paternidade do texto ao PADRE ANTÓNIO VIEIRA, a
autoria do mesmo é, mais provavelmente de ANTÓNIO DE SOUSA DE MACEDO,
sendo também fortes as probabilidades do mesmo ter nascido da pena de
MANUEL DA COSTA.
Aí se põe a senhora Dona Política como filha da Senhora razão de Estado e
do Senhor Amor Próprio.
Ambos dotaram-na de sagacidade hereditária e de modéstia postiça. Criou-se
nas Côrtes dos grandes Principes, embrulhou-os a todos, teve por aios
Maquiavel, Pelágio, Calvino, Lutero e outros doutores dessa qualidade, com
cuja doutrina se fez tão viciosa que dela nasceram todas as seitas e heresias que
hoje abrasam o mundo.
Para o anónimo autor de tal libelo, todos falam de política, muitos compöem
livros dela e no cabo nenhum a viu, nem sabe de que cor é.
Mais sibilinamente refere: a primeira máxima de toda a política do mundo que
todos os seus preceitos encerram em dois, como temos dito, o bom para mim e o
mau para vós.
Ao aceitar a regra de viva quem vence. E vence quem mais pode, e quem mais
pode tenha tudo por seu, porque tudo se lhe rende, neste ponto, errou o norte
totalmente, porque tratou só do temporal sem pôr a mira no eterno.
Cfr. Ed. crítica, com introdução e notas de Roger Bismut, Lisboa, Imprensa
Nacional/Casa da Moeda, 1991.
A Arte de Furtar,
Anónimo (séc. XVII)
Editorial Estampa, 1970
Arte de Furtar (1652)
Obra publicada anonimamente, com o subtítulo Espelho de Enganos, Teatro de
Verdades, Mostrador de Horas Minguadas, Gazua Geral dos Reinos de
Portugal.
Apesar de ter-se atribuído a paternidade do texto ao PADRE ANTÓNIO VIEIRA, a
autoria do mesmo é, mais provavelmente de ANTÓNIO DE SOUSA DE MACEDO,
sendo também fortes as probabilidades do mesmo ter nascido da pena de
MANUEL DA COSTA.
Aí se põe a senhora Dona Política como filha da Senhora razão de Estado e
do Senhor Amor Próprio.
Ambos dotaram-na de sagacidade hereditária e de modéstia postiça. Criou-se
nas Côrtes dos grandes Principes, embrulhou-os a todos, teve por aios
Maquiavel, Pelágio, Calvino, Lutero e outros doutores dessa qualidade, com
cuja doutrina se fez tão viciosa que dela nasceram todas as seitas e heresias que
hoje abrasam o mundo.
Para o anónimo autor de tal libelo, todos falam de política, muitos compöem
livros dela e no cabo nenhum a viu, nem sabe de que cor é.
Mais sibilinamente refere: a primeira máxima de toda a política do mundo que
todos os seus preceitos encerram em dois, como temos dito, o bom para mim e o
mau para vós.
Ao aceitar a regra de viva quem vence. E vence quem mais pode, e quem mais
pode tenha tudo por seu, porque tudo se lhe rende, neste ponto, errou o norte
totalmente, porque tratou só do temporal sem pôr a mira no eterno.
Cfr. Ed. crítica, com introdução e notas de Roger Bismut, Lisboa, Imprensa
Nacional/Casa da Moeda, 1991.
ID: 655554708
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Publicado 19 de outubro de 2025
A Arte de Furtar, Anónimo (séc. XVII)
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