A BATALHA DA CERTEZA – (Acção psicossocial)
Hermes de Araújo Oliveira (Tenente Coronel do Corpo do Estado Maior
Edição do autor
Lisboa – 1962
Páginas: 371
Dimensões: 235x160 mm
Peso: 604

Exemplar em bom estado, algo manchado na capa.

PREÇO: 15.00€
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O Tenente-Coronel Hermes de Oliveira não é um desconhecido, pois é já autor de numerosa bibliografia e, de entre esta, destaca-se exactamente a parte dedicada aos problemas da táctica e da estratégia modernas que com Clausewitz e Mao Tse Toung tomaram expressão própria, passando a constituir um todo individualizado pelos especialistas sob a denominação de guerra revolucionária.

Tanto a guerra revolucionária como a guerra subversiva - cujas diferenças e semelhanças algumas confusões têm gerado - merecem ao Tenente-Coronel Hermes de Oliveira devotada atenção, pois já há alguns anos que este brilhante escritor militar se preocupa fundamentalmente com as fórmulas novas que a guerra passou a revestir. em boa parte como consequência da guerra fria que, por métodos não raro pavlovianos, transformou o coração dos homens em campo de batalha.

No presente trabalho o Tenente-Coronel Hermes de Oliveira mostra-nos que quanto disse no seu livro «Guerra Revolucionárias. não era tudo. Tratava-se, pode afirmar-se, de uma espécie de prefácio a obra de maior envergadura. Assim acontece, pois o Tenente--Coronel Hermes de Oliveira estudioso infatigável dá-nos neste livro uma visão mais ampla e em muitos aspectos inédita de problemas e ópticas das guerras psicológico-revolucionárias que caracterizam a actual tensão Leste-Oeste. De tais guerras já se vai tendo alguma experiência e forçam-nos a estudá-las no gabinete e a entendê-las nos sertões angolanos.

Em última análise o Tenente-Coronel Hermes de Oliveira mostra até que ponto nós ocidentais nos perdemos na preparação de uma defesa psicológica clássica esquecendo que a ofensiva assegura melhor o êxito. E entremostra ainda que cumpre não só às forças armadas, mas a todos, fazer um esforço maior e mais inteligente para assegurarmos a sobrevivência de uma cultura de que somos produto e produtores e por cujos padrões ainda hoje se afere o grau civilizacional dos povos.

ΑΝΤΟΝΙΟ MARIA GODINHO