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A ITÁLIA Capitulou?
Carlos Ferrão
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Descrição

A ITÁLIA CAPITULOU?
Carlos Ferrão
Editorial Século
Lisboa
Páginas: 229
Dimensões: 210x140 mm.

Exemplar envelhecido. Capa manchada, com alguns danos. Miolo amarelecido, algumas folhas com pequenos picos (traça) que não afectam a leitura.

PREÇO: 14.00€
PORTES DE ENVIO INCLUÍDOS, em Correio Normal/Editorial, válido enquanto esta modalidade for acessível a particulares.
Envio em Correio Registado acresce a taxa em vigor.

PREFÁCIO
Os acontecimentos encarregaram-se de justificar o titulo deste livro. Quarenta dias depois de ter assinado um armistício que, segundo a declaração prévia dos vencedores, devia traduzir a sua rendição incondicional, a Itália enfileirava ao lado das Nações Unidas, combatendo o Reich sob fórmula da co-beligerância. É frequente, na História, o fenómeno dum país que muda de campo no decurso da batalha. Várias vezes esse fenómeno se terá verificado com a rapidez que caracterizou a evolução do caso italiano nesta guerra.
Derrotada militarmente, a Itália procura extrair da derrota as condições necessárias para que a sua unidade nacional se mantenha e para que se conservem intactas as suas fronteiras naturais. Regressando à prática duma doutrina secular, utiliza para isso as armas subtis da negociação, que lhe deram a independência e a elevaram à categoria de potência de primeiro plano no concerto europeu.
É costume considerar o «sacro egoísmo» como uma criação tipicamente italiana, e a «combinazione» como uma regra que, no convívio internacional, só os italianos praticam. Todos os povos têm o egoísmo sagrado, que é a essência do seu patriotismo; nenhum deles deixou de praticar a combinação, que é a utilização das rivalidades alheias, sempre que o ensejo se proporcionou.
O povo italiano tem, porém, o instinto colectivo do interesse nacional no mais alto grau e possuí, além disso, uma tradição diplomática que nenhum outro iguala. Foi para esse instinto e para essa tradição que a Itália apelou no momento mais grave da sua existência. Durante vinte anos a sua politica externa encaminhou-se no sentido dum imperialismo que não correspondia às exigências do tempo nem às condições naturais e aos recursos do país. Essa política foi servida frequentemente por métodos que, em última análise, conduziram à guerra e à derrota. O rescaldo do incêndio que consumiu as melhores energias da nação italiana será, certamente, difícil e demorado. Na procela desencadeada suscitaram-se inimizades que só o tempo conseguirá apaziguar e criaram-se dificuldades que só a coragem e a vontade dos homens poderão remover. Trata-se dum processo em curso que, antes da sua conclusão, se destina ainda, segundo todas as probabilidades, a oferecer-nos algumas surpresas.

Os ensinamentos colhidos durante o período em que o regime fascista dominou a Itália e orientou as suas relações com o resto do mundo, constituem um capitulo de História que todos terão interesse em conhecer e meditar. É um capitulo ainda vibrante do calor das paixões e da emoção dos sentimentos desencontrados que se foram suscitando, à medida que o iam escrevendo os protagonistas e os comparsas do drama italiano. As paixões hão-de acalmar-se e desfazer- -se em cinza; os sentimentos hão-de evolucionar como todas as criações do espirito que o tempo sublima ou desfigura.
Os ensinamentos ficarão. Nem só a Itália beneficiará deles. A narrativa dos acontecimentos principais que naquele pais se produziram constitue uma lição que transcende o âmbito das suas fronteiras. Mas é a Itália que, principalmente, pode utilizar essa lição em beneficio próprio, consentindo corajosamente os sacrifícios indispensáveis para que volte a desempenhar na Europa o papel a que lhe dão incontestável direito a sua história, a sua cultura, a sua tradição e a coragem cívica dos seus filhos.
Esse papel, que corresponde a muitos séculos de vida e de característicasinconfundíveis, é o que lhe foi luminosamente assinalado por um dos seus maiores homens de Estado,

Visconti Vensota, que, tendo de orientar a politica externa italiana, num período particularmente difícil, a definia nestas palavras que poderiam, oportunamente, ter sido recordadas com proveito:
«Quando não se tinha constituído ainda a nossa unidade nacional, a Itália, no meio das complicações europeias, procurava aproveitar, em seu proveito, todas as ocasiões e todos os pretextos que podiam concorrer para que ela construísse uma cúpula para o edifício da sua independência. Está realizado esse sonho. A Itália é presentemente um Estado constituído de forma definitiva. A única politica externa, que lhe convém, é uma politica prudente e leal, isenta de todo o espirito de aventura, que faça reconhecer a todas as potências a utilidade que, para os destinos da Europa, representa a presença e a acção moral do nosso país.
Eu creio firmemente que só trilhando este caminho a Itália poderá consolidar a sua situação internacional, poderá tornar essa situação segura no presente e para o futuro; obter as vantagens que trazem a amizade e as alianças fiéis e conquistar, entre as outras nações, a influência legitima que todos os povos têm o direito de ambicionar.»
ID: 637157971

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Vasco Oliveira

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Esteve online ontem às 18:19

Publicado 06 de abril de 2024

A ITÁLIA Capitulou? Carlos Ferrão

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