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A luta pelo Oriente- 
Franco Nogueira.
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Tipo: Europa

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Descrição

A luta pelo Oriente-
Franco Nogueira.

A LUTA PELO ORIENTE-
Franco Nogueira.
Edição ÁTICA – 1962
Páginas:191
Dimensões: 200x140 mm.
Peso: 260

Exemplar usado em bom estado, amarelecido pelo tempo . Sem anotações ou sublinhados

PREÇO: 14.00€
PORTES DE ENVIO PARA PORTUGAL INCLUÍDOS, em Correio Normal/Editorial, válido enquanto esta modalidade for acessível a particulares.
Envio em Correio Registado acresce a taxa em vigor.

INTRODUÇÃO

O século XIX foi um século europeu por excelência. Existiam então duas realidades distintas: a Europa e, subordinando-se-lhe, os demais continentes. É facto que as Américas, novo ramo da raça branca, principiavam a adquirir carácter próprio. Sem embargo, era a irradiação da Europa que dominava a cena mundial. E todavia não era na unidade política que assentava a força do velho continente. Neste coexistiam múltiplas soberanias que traduziam um pluralismo e às vezes um fundo antagonismo de interesses. Não eram raros os conflitos entre os diversos agregados nacionais. Um francês nunca se identificou, dentro das fronteiras da Europa, com um inglês ou com um alemão, nem estes com um português ou um italiano. Contudo, para além dos seus dissídios locais, todo o europeu, talvez inconscientemente, partilhava de um certo número de ideias e de sentimentos paralelos. Daí emanava a força da Europa. Por detrás do nacional de cada país, vário na sua mentalidade individual e no seu feitio cultural peculiar, permanecia o europeu, na sua expressão geográfica, social e étnica. E este, qualquer que fosse, mergulhava o seu passado em raízes análogas: estava impregnado da mesma ancestralidade mediterrânica, ampliada pela contribuição nórdica. Era a herança grega, imprimindo em todos uma igual liberdade de espírito e uma idêntica apetência para o raciocínio lógico à maneira helénica. Era a influência romana, disseminadora da norma jurídica, da vocação imperial, da noção de ordem, do conceito de administração, do respeito da legalidade. Era a tradição de um sistema político de governo representativo, que desabrochara na estrutura tribal dos então bárbaros saxões, francos, germanos e escandinavos. Era a doutrina dos Evangelhos, fonte do idealismo humano europeu. Eram, enfim, a revolução industrial e as conquistas científicas, que de uma economia continental deram à Europa uma economia mundial. Tudo isto formava um pano de fundo sobre que repousava a vida na Europa. E era este o sedimento comum de que os seus habitantes se sentiam portadores pelo mundo. Parcelado e muitas vezes rival quando integrado nos seus agrupamentos nacionais, o Europeu afirmava perante os restantes continentes uma só frente moral, unida e coerente. Fora da Europa, não surgia o Alemão, não sobressaíam os Ingleses ou os Franceses. Todos se irmanavam na qualidade essencial: a de representantes da Europa que, em bloco, contrastava com os demais povos. Havia a corrida para a divisão da África, decerto, e aí eram adversários. Mas o facto tinha natureza política; constituía simples projecção exterior da dissidência interna da Europa; e em nada alterava a comunidade profunda do espírito europeu. Para além da luta, este reaparecia sempre. E era bastante esta característica de Europeu para que no mundo todas as portas se lhe abrissem e, em caso de necessidade, lhe fosse concedida uma idêntica protecção.

A Inglaterra policiava os mares; detinha uma hegemonia comercial e financeira incontestada; e estava presente em toda a parte com igual força. O poderio vitoriano, de Gladstone e de Disraeli, revia-se na sua esquadra, nas suas colónias em todos os continentes, no seu Império das índias. Do conjunto resultava uma organização estável, equilibrada internamente, baseada mais na penetração económica do que no domínio mili- tar. Era a paz britânica. No entanto, à sua sombra, transpostas as fronteiras da Europa, projectavam-se outros países. Expandia-se a Alemanha de Bismarck e, depois, a de Guilherme II. A França, saída de 1870, marcava a sua presença cultural desde o Canadá à Indochina, passando pelo mundo árabe e pelo Próximo Oriente. E nem as nacionalidades mais modestas deixavam de aproveitar o poder inglês para alargar o âmbito do seu comércio e da sua iniciativa. Sob a égide de Londres moviam-se livremente todos os europeus. A paz britânica apresentava assim, em face do exterior, um carácter não especificamente britânico, mas vincada e genericamente europeu, A Europa realizara fora da Europa uma unidade que não pudera construir dentro de si mesma: edificara, em outros moldes, um novo Império Romano. Os seus técnicos dirigiam e do- minavam todas as administrações e serviços públicos em países longínquos; os seus comerciantes conquistavam todos os mercados; e as suas armas não admitiam sequer a ideia de uma oposição. Para além do seu ambiente próprio, o Europeu muitas vezes esquecia rivalidades e cooperava estreitamente. Então era liberal e internacionalista. O mundo constituía, para ele, uma vasta república mercantil: o nacionalismo e o proteccionismo, dominantes na Europa, eram substituídos no exterior por um liberalismo que quase transformava a Terra inteira num só bloco económico.
ID: 660654964

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Vasco Oliveira

No OLX desde maio de 2017

Esteve online dia 21 de maio de 2025

Publicado 30 de abril de 2025

A luta pelo Oriente- Franco Nogueira.

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