ALL QUIET ON THE WESTERN FRONT 1930

No final de 1928, o alemão e veterano da Primeira Guerra Mundial, Erich Maria Remarque publicou o romance “Im Westen nichts Neues, lit” (“A Oeste Nada de Novo”), no qual olhava de um modo crítico para os propósitos e horrores de uma guerra tão devastadora como aquela que grassou na Europa entre 1914 e 1918. Coube à Universal Pictures decidir passar tal história ao cinema, naquele que seria o mais profundo filme anti-guerra do seu tempo e um marco no cinema vindouro.

Foi filmado com uma dupla câmara a pensar nos lançamentos em versão muda e sonora, o que de facto veio a acontecer quase em simultâneo, fazendo dele o primeiro filme sonoro realizado por Lewis Milestone.

Beneficiando de ainda não estarmos na vigência do Código de Hays, o filme tornou-se famoso pela violência visual, que incluía ferimentos, perda de membros e mortes explícitas no ecrã.

"A Oeste Nada de Novo” foi o primeiro filme da Universal a receber o Oscar de Melhor Filme, o primeiro filme sonoro a receber tal distinção e o segundo filme mais visto de 1930. Lewis Milestone recebeu o Oscar de Melhor Realizador.

O filme é agora uma antologia de cenas famosas: Ayres preso numa trincheira com um homem que matou; o primeiro encontro entre recrutas e veteranos; um grupo de infantaria a ser aniquilado ao ritmo do som de metralhadoras; um mergulho ao luar com raparigas francesas; o discurso pacifista de Ayres perante uma plateia de alunos estupefatos e a última cena onde se vê a mão de um soldado a tentar alcançar uma borboleta, num gesto fatal.

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