Profissional
Descrição
Edição de 2007 da Fundação de Serralves.
Coordenação e introdução de António Guerreiro
"As quatro conferências sobre política que se realizaram no Museu de Serralves entre Março e Junho de 2007 no âmbito do programa "Crítica do Contemporâneo" tiveram como objectivo apresentar um conjunto de reflexões que incidiam criticamente sobre questões actuais relacionadas quer com a matéria política com que estamos confrontados, no plano prático, quer com o pensamento político, num plano mais teórico, numa altura em que muitas das categorias tradicionais deixaram de ser válidas e se impôs com carácter de urgência a necessidade de estabelecer novos paradigmas conceptuais. Sabemos que a regra tem sido a de uma despolitização generalizada da sociedade, seja pelo facto de o debate e a luta política se terem transferido para questões da ordem cultural e das reivindicações identitárias, seja porque a acção política e os seus modos de representação ficaram submetidos à lógica do espectáculo e reduzidos ao pragmatismo técnico-económico que os reduz a meros actos governativos de gestão e administração. A despolitização significa também o triunfo da contingência e a renúncia às ideias, em favor das determinações económicas e de um culturalismo que absorve o conflito político ou o remete para um plano onde tudo se traduz em termos de identidades, diferenças, reconhecimentos. Este ciclo de conferências foi orientado por uma ideia de diagnóstico e de análise crítica do presente.
Por isso, convidámos quatro filósofos de diversas proveniências, cujo pensamento crítico significa a decifração da linguagem, do idioma, dos sinais que caracterizam e dão forma à sociedade contemporânea. São eles, por ordem alfabética, Giorgio Agamben, Giacomo Marramao (ambos italianos), Jacques Rancière (francês) e Peter Sloterdijk (alemão). Todos eles são pensadores eclécticos e movem-se no cruzamento de vários saberes e disciplinas; todos eles têm contribuído para tornar mais inteligível o nosso tempo. Nas obras destes quatro filósofos, a reflexão política é indissociável, no mais alto grau, da análise das questões sociais, culturais, estéticas e éticas que dão uma configuração (sempre em movimento, difícil de apreender) ao mundo em que vivemos. O horizonte em que se move o pensamento destes filósofos não é o de uma disciplina bem delimitada, mas o de um saber que atravessa fronteiras disciplinares e procura chegar a uma legibilidade das condições e das regras em que vivemos, e das grandes transformações que se têm dado nas últimas décadas."
Coordenação e introdução de António Guerreiro
"As quatro conferências sobre política que se realizaram no Museu de Serralves entre Março e Junho de 2007 no âmbito do programa "Crítica do Contemporâneo" tiveram como objectivo apresentar um conjunto de reflexões que incidiam criticamente sobre questões actuais relacionadas quer com a matéria política com que estamos confrontados, no plano prático, quer com o pensamento político, num plano mais teórico, numa altura em que muitas das categorias tradicionais deixaram de ser válidas e se impôs com carácter de urgência a necessidade de estabelecer novos paradigmas conceptuais. Sabemos que a regra tem sido a de uma despolitização generalizada da sociedade, seja pelo facto de o debate e a luta política se terem transferido para questões da ordem cultural e das reivindicações identitárias, seja porque a acção política e os seus modos de representação ficaram submetidos à lógica do espectáculo e reduzidos ao pragmatismo técnico-económico que os reduz a meros actos governativos de gestão e administração. A despolitização significa também o triunfo da contingência e a renúncia às ideias, em favor das determinações económicas e de um culturalismo que absorve o conflito político ou o remete para um plano onde tudo se traduz em termos de identidades, diferenças, reconhecimentos. Este ciclo de conferências foi orientado por uma ideia de diagnóstico e de análise crítica do presente.
Por isso, convidámos quatro filósofos de diversas proveniências, cujo pensamento crítico significa a decifração da linguagem, do idioma, dos sinais que caracterizam e dão forma à sociedade contemporânea. São eles, por ordem alfabética, Giorgio Agamben, Giacomo Marramao (ambos italianos), Jacques Rancière (francês) e Peter Sloterdijk (alemão). Todos eles são pensadores eclécticos e movem-se no cruzamento de vários saberes e disciplinas; todos eles têm contribuído para tornar mais inteligível o nosso tempo. Nas obras destes quatro filósofos, a reflexão política é indissociável, no mais alto grau, da análise das questões sociais, culturais, estéticas e éticas que dão uma configuração (sempre em movimento, difícil de apreender) ao mundo em que vivemos. O horizonte em que se move o pensamento destes filósofos não é o de uma disciplina bem delimitada, mas o de um saber que atravessa fronteiras disciplinares e procura chegar a uma legibilidade das condições e das regras em que vivemos, e das grandes transformações que se têm dado nas últimas décadas."
ID: 602417972
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Publicado 26 de abril de 2024
Agamben, Marramao, Rancière, Sloterdijk - Política
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