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O bilinguismo está na ordem do dia e tudo leva a crer que ele é no séc. XX um fenómeno cultural tão importante como o terá sido no séc. XII--XIII. «L'avenir est au bilinguisme" escreveu Joshua Fishman.
Críticos literários, sim. Em primeiro lugar, porque tudo o que se relaciona com o uso das línguas interessa necessariamente à literatura e à estilística. Depois, porque toda a literatura moderna, a partir de Pound e de Joyce, pratica sistematicamente o bi-, o plurilinguismo, e porque abundam nessa literatura os escritores sem um «lugar linguístico definido», como os caracterizou o crítico Georges Steiner. É o caso, por exemplo, de um Gombrowicz, de um Nabokov, de um Cortázar, de um Ionesco, de um Beckett. A existência destes escritores bilingues levanta logo um problema importante, mais importante do que parece à primeira vista: em que literatura devem ser integrados? Beckett, por exemplo, deve ser incluído na literatura da Irlanda, onde nasceu e passou a infância e juventude, estudou e até ensinou? Na da Inglaterra, país onde se fala a sua língua materna, e onde também viveu (de 1933 a 1936)? Na da França, país onde se radicou a partir de 1939 (depois de já nele ter vivido, intervalarmente, cerca de 4 anos) e cuja língua passou a usar predominantemente a partir de 1946?
A resposta parece simples: Beckett pertence às 2 ou 3 literaturas.
Formato: 11,5 x 18 cm | 106 Páginas | capa mole
1ª edição do autor, sd
Exemplar em muito bom estado de conservação. Sem riscos ou assinaturas.
OFERTA PORTES
Críticos literários, sim. Em primeiro lugar, porque tudo o que se relaciona com o uso das línguas interessa necessariamente à literatura e à estilística. Depois, porque toda a literatura moderna, a partir de Pound e de Joyce, pratica sistematicamente o bi-, o plurilinguismo, e porque abundam nessa literatura os escritores sem um «lugar linguístico definido», como os caracterizou o crítico Georges Steiner. É o caso, por exemplo, de um Gombrowicz, de um Nabokov, de um Cortázar, de um Ionesco, de um Beckett. A existência destes escritores bilingues levanta logo um problema importante, mais importante do que parece à primeira vista: em que literatura devem ser integrados? Beckett, por exemplo, deve ser incluído na literatura da Irlanda, onde nasceu e passou a infância e juventude, estudou e até ensinou? Na da Inglaterra, país onde se fala a sua língua materna, e onde também viveu (de 1933 a 1936)? Na da França, país onde se radicou a partir de 1939 (depois de já nele ter vivido, intervalarmente, cerca de 4 anos) e cuja língua passou a usar predominantemente a partir de 1946?
A resposta parece simples: Beckett pertence às 2 ou 3 literaturas.
Formato: 11,5 x 18 cm | 106 Páginas | capa mole
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Exemplar em muito bom estado de conservação. Sem riscos ou assinaturas.
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ID: 663370839
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Publicado 06 de julho de 2025
Arnaldo Saraiva | Bilinguismo e Literatura
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