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Titulo: As Noites Claras
Autor: Johan Bojer
Tradução: Rachel Santos
Editora: Livraria Tavares Martins
Páginas: 256

Esta é a primeira vez que um livro meu aparece em língua portuguesa. A obra escolhida é uma das que têm especial interesse para o seu autor.

Antes de As Noites Claras tinha escrito romances muito graves, tratando problemas políticos, psicológicos e sociais. Mas depois de uns poucos anos passados no estrangeiro, voltei ao meu país, cheio de nostalgia e encontrei nele uma vida nova: a vida da juventude, a vida ao ar~livre, a vida do desporto - uma vida sã e alegre.
A minha geração tinha-se alimentado das obras de Ibesen e Zola, e pouca ou nenhuma alegria de viver encontrara nesses escritores- o que neles colhera tinha sido: sombrias interrogações, penosas verdades. uma vida sem primavera, sem paisagens floridas, sem o bem-estar que deriva da harmonia entre o corpo e a alma. Perguntei a mim próprio se a litaratura não teria, muitas vezes, caluniado a vida.

Foi esse sentimento que comecei a escrever As Noites Claras

Sinto-me feliz por ser introduzido junto do público português. Conservo recordações muito agradáveis de uma estadia em Lisboa e no Estoril. Acolheram-me com a maior estima na Universidade e na Academia, e tive a honra de ser recebido pelo digno Presidente da República. Em artigos publicados nos jornais noruegueses informei os meus compatriotas acerca do Grande Oliveira Salazar.

Percorri o vosso país de automóvel, e colhi impressões inesquecíveis dos vossos momentos, das vossas catedrais, das vossas bibliotecas e dos vossos museus - testemunhos eloquentes da vossa tão grande História. Se não fosse um velho, alimentaria ainda o sonho de aí voltar.

Autor:

Johan Bojer, nasceu a 6 de março de 1872 e faleceu a 3 de julho de 1959. Foi um popular romancista e dramaturgo norueguês. Escreveu principalmente sobre a vida dos agricultores e pescadores pobres na Noruega e sobre os emigrantes noruegueses nos EUA.

Filho de pais solteiros, foi criado como filho adoptivo numa família pobre que viveu em Rissa perto de Trondheim, Noruega. Bojer cedo aprendeu a realidade da pobreza. Os seus primeiros anos foram passados a trabalhar numa quinta e depois como contabilista.

A sua obra literária começou com a publicação de Unge tanker (O petroleiro Unge) em 1893, tendo continuado a ganhar prestígio até à década de 1920. Devido à variedade de temas que abordou, ganhou aplauso da crítica na Noruega. Conquistou fama internacional com a tradução de muitos dos seus trabalhos em línguas estrangeiras. Os críticos geralmente consideram o romance Den siste viking (O último dos Viquingues) a sua melhor obra. Este romance retrata de forma poderosa e realística a vida dos pescadores de Trøndelag que fazem a pesca de inverno no arquipélago da ilha Lofoten acima do círculo polar ártico no extremo norte da costa da Noruega.

C/Olx