"As Origens Intelectuais do Leninismo"
de Alain Besançon

1ª Edição de 1979
VIA Editora
286 Páginas

O regime soviético, que durou quase oitenta anos, foi uma inovação radical na história política? Como poderia a ideologia leninista que a constitui ser o todo – porque onde reina, dá forma a tudo – e o nada, porque pode ser resumido em poucas linhas? O leninismo não é uma filosofia. Nem é uma religião. É semelhante à gnose, em cuja tradição, porém, se recusa a se situar, pois afirma ser "científica". Nem é a mera continuação do "despotismo" russo. Suas raízes são ocidentais, mas foi na Rússia, graças a circunstâncias excepcionais, que ela percebeu o tipo puro de ideologia. Através de uma tradição religiosa, uma educação filosófica, a crise de um Ancien Régime, a formação de uma intelectualidade, estamos testemunhando o estabelecimento gradual de elementos do leninismo que souberam recorrer a muitas fontes do século XIX? século positivista, explorando a crise muito profunda da Primeira Guerra Mundial.

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Alain Besançon (Paris, 25 de abril de 1932) é um historiador francês. Foi diretor de estudos da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris[, entre outras instituições.
Membro do Partido Comunista Francês em sua juventude, rompeu com o comunismo após a revelação dos crimes estalinistas que intervieram a partir de 1956, e então adotou uma postura de análise crítica dessa ideologia e, mais geralmente, da questão do totalitarismo . Tendo-se tornado sovietólogo , seguiu carreira universitária na EHESS , onde foi diretor de estudos a partir de 1977, lecionou no exterior e contribuiu para diversas revistas e jornais. Voltando ao catolicismo , publicou várias obras dedicadas às religiões e à história do cristianismo .

Ele foi eleito para a Academia de Ciências Morais e Políticas em 1999.

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