Particular
Tipo: Biografias
Descrição
Azeredo Perdigão - Um Beirão Simples.
Lote de folhas soltas
recortadas da revista ESPAÇO T MAGAZINE de Janeiro de 1983.
Longa e formidável entrevista com 7 páginas!
Foi o 1° Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian.
"Esperávamos o cansaço, surpreendemos a juventude; imaginávamos a alteza, e surgiu-nos a simplicidade; temíamos o laconismo e a distanciação, e abriu-se-nos um caudal de palavras e, por vezes, a familiariedade. Julgávamos ir defrontar uma velha árvore afestoada de consagrações, e acolheu-nos uma braçada de vitalidade e de simpleza. Tentávamos a grande entrevista, e impôs-se-nos o retrato: Azeredo Perdigão - um beirão simples."
Coimbra.
...
No ano de 1919 estabeleceu-se como advogado em Lisboa, tornando-se um dos mais solicitados do seu tempo em Portugal. Ao longo das décadas em que exerceu participou em alguns dos maiores processos judiciais (civis, criminais e comerciais), ganhando fama de implacável, e era pago a peso de ouro.
Democrata republicano, Azeredo participou na fundação, com Raul Proença, Jaime Cortesão, Aquilino Ribeiro, Raul Brandão, Faria de Vasconcelos e outros, a revista Seara Nova, onde publicou diversos estudos e comentários sobre economia.
Em 1942 conheceu o milionário e filantropo Calouste Gulbenkian (que escolheu Portugal como refúgio durante a Segunda Guerra Mundial), que impressionou, sendo contratado como seu assessor jurídico.
Em 1948 Gulbenkian decidiu fazer o seu testamento, para dar destino à sua fabulosa colecção de arte, e a sua confiança em Azeredo Perdigão foi decisiva para a criação da futura fundação em Portugal, que negociou as condições mais favoráveis com o governo português. Gulbenkian morreu em 1955 e, após uma batalha jurídica com Cyril Radcliffe, o advogado inglês do milionário, Azeredo Perdigão venceu e foram aprovados os estatutos da Fundação Gulbenkian em 1956, com sede em Portugal.
Azeredo não queria a interferência de Salazar na fundação e conseguiu essa independência, pois o Presidente do Conselho, que não gostava das suas opiniões políticas, também não duvidava do seu patriotismo e acreditava que ele defendia os interesses nacionais. Azeredofoi nomeado presidente vitalício da Fundação Calouste Gulbenkian e, desde então, abandonou a sua actividade de advogado para se dedicar inteiramente à fundação, sendo nessa ocasião homenageado pela Ordem dos Advogados Portugueses.
Sob a sua direcção, a fundação teve um papel determinante no desenvolvimento da cultura em Portugal, com a criação de bibliotecas itinerantes que levaram cultura aos mais remotos pontos do país, festivais de música, a criação da Orquestra Gulbenkian, exposições de arte, a construção do primeiro centro de arte moderna de Portugal, a criação de um serviço de cinema, a atribuição de bolsas de estudo e de subsídios à criação artística, realização de conferências e debates, etc.
Lote de folhas soltas
recortadas da revista ESPAÇO T MAGAZINE de Janeiro de 1983.
Longa e formidável entrevista com 7 páginas!
Foi o 1° Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian.
"Esperávamos o cansaço, surpreendemos a juventude; imaginávamos a alteza, e surgiu-nos a simplicidade; temíamos o laconismo e a distanciação, e abriu-se-nos um caudal de palavras e, por vezes, a familiariedade. Julgávamos ir defrontar uma velha árvore afestoada de consagrações, e acolheu-nos uma braçada de vitalidade e de simpleza. Tentávamos a grande entrevista, e impôs-se-nos o retrato: Azeredo Perdigão - um beirão simples."
Coimbra.
...
No ano de 1919 estabeleceu-se como advogado em Lisboa, tornando-se um dos mais solicitados do seu tempo em Portugal. Ao longo das décadas em que exerceu participou em alguns dos maiores processos judiciais (civis, criminais e comerciais), ganhando fama de implacável, e era pago a peso de ouro.
Democrata republicano, Azeredo participou na fundação, com Raul Proença, Jaime Cortesão, Aquilino Ribeiro, Raul Brandão, Faria de Vasconcelos e outros, a revista Seara Nova, onde publicou diversos estudos e comentários sobre economia.
Em 1942 conheceu o milionário e filantropo Calouste Gulbenkian (que escolheu Portugal como refúgio durante a Segunda Guerra Mundial), que impressionou, sendo contratado como seu assessor jurídico.
Em 1948 Gulbenkian decidiu fazer o seu testamento, para dar destino à sua fabulosa colecção de arte, e a sua confiança em Azeredo Perdigão foi decisiva para a criação da futura fundação em Portugal, que negociou as condições mais favoráveis com o governo português. Gulbenkian morreu em 1955 e, após uma batalha jurídica com Cyril Radcliffe, o advogado inglês do milionário, Azeredo Perdigão venceu e foram aprovados os estatutos da Fundação Gulbenkian em 1956, com sede em Portugal.
Azeredo não queria a interferência de Salazar na fundação e conseguiu essa independência, pois o Presidente do Conselho, que não gostava das suas opiniões políticas, também não duvidava do seu patriotismo e acreditava que ele defendia os interesses nacionais. Azeredofoi nomeado presidente vitalício da Fundação Calouste Gulbenkian e, desde então, abandonou a sua actividade de advogado para se dedicar inteiramente à fundação, sendo nessa ocasião homenageado pela Ordem dos Advogados Portugueses.
Sob a sua direcção, a fundação teve um papel determinante no desenvolvimento da cultura em Portugal, com a criação de bibliotecas itinerantes que levaram cultura aos mais remotos pontos do país, festivais de música, a criação da Orquestra Gulbenkian, exposições de arte, a construção do primeiro centro de arte moderna de Portugal, a criação de um serviço de cinema, a atribuição de bolsas de estudo e de subsídios à criação artística, realização de conferências e debates, etc.
ID: 666821572
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Publicado 11 de dezembro de 2025
Azeredo PERDIGÃO - Entrevista 1983
7 €
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