“Bardo”, de José Amaro Dionísio

Quem ficará – ficou – incólume depois de “Bardo”? Quem escolherá – escolheu – o esquecimento para arrumar as perguntas, desobrigando-se da resposta?

Na prosa da literatura portuguesa são muito poucos os escritos que abandonam o lirismo, as alegorias, os teoremas e os realismos, ou os frescos caricaturais que vão de Eça a Lobo Antunes, que largam o serviço, para se confrontarem com toda a violência contra o que escrevem/vivem: aqui, escrever, é a respiração. A pulso, com choro, com ódio, com colh%&€*, com paixão. Sem concessões. E o peso do que inquieta e sobrevive tem, obrigatoriamente, que ter resposta. Bardo é de uma violência vital, implacável, ternurenta, humana.

Livro em muito bom estado, Editora: Salamandra, Ano: 1986, Estante: Crítica Literária,
Idioma: Português, Descrição: Livro brochura, 21 x 14 cm, 109 páginas

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