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Descrição
Blaise Cendrars - Moravagine
Edição Ulisseia de 1966
Tradução de Ruy Belo
Indispensável contributo para as correntes literárias que se querem modernas, Blaise Cendrars rompe, com esta edição, o injusto silêncio a que tem sido votado entre nós, silêncio tanto mais de lamentar quanto certo possuir este aventureiro magnífico uma das vozes mais autênticamente originais, mais dinâmicas e comunicativas, mais audaciosas e apaixonadas de toda a literatura contemporânea.
Mas o que é afinal Moravagine? - pode perguntar algum leitor, antes de iniciar a leitura ou depois de voltar a última página, para um salutar confronto de opiniões. Jean Rousselot ora encara a obra como uma epopeia da destruição onde perpassam Goya, Bosch, Dante e mesmo já se reconhece Michaux, ora fala dessa estranha história de um homem que destrói, despedaça e pulveriza tudo o que ata, prende, oprime o homem da nossa época.
Moravagine, ainda que possa ser mais alguma coisa, é fundamentalmente a personagem com esse nome. Blaise Cendrars chega a dizer, pela boca do narrador, a propósito dos acontecimentos passados na Rússia, que não tenciona traçar a história desse movimento revolucionário. Se evoca alguns episódios trágicos, é para melhor sublinhar a influência de Moravagine. E dá-se por satisfeito com o espectáculo por ele proporcionado. Não há ciência do homem, o homem é essencialmente portador de um ritmo. Ora a chave do ser de Moravagine é precisamente um ritmo original; tudo, para ele, era ritmo, era voz; possuía uma sensibilidade extraordinária. Não importa que seja parto de um ser humano. Afinal de contas, é um soberbo indivíduo, constitui um espectáculo admirável, um grande fera humana, um extraviado, um desequilibrado, um amoral, um fora-de-lei, um doente dos nervos.
Edição Ulisseia de 1966
Tradução de Ruy Belo
Indispensável contributo para as correntes literárias que se querem modernas, Blaise Cendrars rompe, com esta edição, o injusto silêncio a que tem sido votado entre nós, silêncio tanto mais de lamentar quanto certo possuir este aventureiro magnífico uma das vozes mais autênticamente originais, mais dinâmicas e comunicativas, mais audaciosas e apaixonadas de toda a literatura contemporânea.
Mas o que é afinal Moravagine? - pode perguntar algum leitor, antes de iniciar a leitura ou depois de voltar a última página, para um salutar confronto de opiniões. Jean Rousselot ora encara a obra como uma epopeia da destruição onde perpassam Goya, Bosch, Dante e mesmo já se reconhece Michaux, ora fala dessa estranha história de um homem que destrói, despedaça e pulveriza tudo o que ata, prende, oprime o homem da nossa época.
Moravagine, ainda que possa ser mais alguma coisa, é fundamentalmente a personagem com esse nome. Blaise Cendrars chega a dizer, pela boca do narrador, a propósito dos acontecimentos passados na Rússia, que não tenciona traçar a história desse movimento revolucionário. Se evoca alguns episódios trágicos, é para melhor sublinhar a influência de Moravagine. E dá-se por satisfeito com o espectáculo por ele proporcionado. Não há ciência do homem, o homem é essencialmente portador de um ritmo. Ora a chave do ser de Moravagine é precisamente um ritmo original; tudo, para ele, era ritmo, era voz; possuía uma sensibilidade extraordinária. Não importa que seja parto de um ser humano. Afinal de contas, é um soberbo indivíduo, constitui um espectáculo admirável, um grande fera humana, um extraviado, um desequilibrado, um amoral, um fora-de-lei, um doente dos nervos.
ID: 664058558
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Publicado 18 de julho de 2025
Blaise Cendrars - Moravagine
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