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"CARTAS a António de Azevedo Castelo Branco" de Antero de Quental
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"CARTAS a António de Azevedo Castelo Branco"
de Antero de Quental

Prefácio e notas de Adolfo Casais Monteiro

1ª Edição de 1942
Edições Signo - Lisboa
XXXII + 112 Páginas
Com retrato de Antero de Quental impresso em extratexto

Embora sempre haja pessoas prontas a afirmar que do artista só a obra importa, dificilmente tal opinião terá probabilidades de prevalecer sobre aquele interesse que se forma à volta da figura humana do artista, quando ele se tenha imposto ao fervor dos homens por uma obra em que se sentem representados, engrandecidos, tirados do seu nada. Quando surge um grande poeta, o comum dos mortais vê-se transfigurado nos versos dele, encontra neles algo que nunca saberia dizer, mas que pelo menos até certo ponto também lhe pertence — e logo quere saber mais sobre esse homem que fala em seu nome, em que se vê a si próprio como num espelho mágico que ‘deformasse’ as coisas — mas para as transfigurar.
Do prefácio de Adolfo Casais Monteiro

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Antero de Quental é entre nós o grande criador de uma poesia filosófica romântica, influenciada pelos modelos alemães.

Nasce em Ponta Delgada em 1842, no seio de uma família nobre e com tradições literárias da ilha de S. Miguel.

Em 1852, vai para Lisboa estudar no Colégio do Pórtico, fundado por António Feliciano de Castilho, com quem já aprendera francês e latim em Ponta Delgada, entre 1847 e 1850.

Um ano depois regressa a S. Miguel, de onde partirá em 1855 para Coimbra, a fim de fazer os estudos preparatórios para o ingresso na Universidade.
Aos dezasseis anos, inicia o curso de Direito.

Durante a sua permanência em Coimbra, assume-se como uma figura influente no meio estudantil coimbrão, tomando parte em várias manifestações académicas. É por esta altura que contacta com os novos autores e correntes europeias - o socialismo utópico de Proudhon, o positivismo de Comte, o hegelianismo, o darwinismo, as doutrinas de Taine, Michelet, Renan, o romantismo social de Hugo - e, segundo confessará mais tarde, perde a fé.
Em 1861, publica em edição limitada os Sonetos de Antero, obra dedicada ao poeta João de Deus, e, dois anos depois, os poemas Beatrice e Fiat Lux.
Em 1865, publica as Odes Modernas, poesias de romantismo social, acompanhadas de uma "Nota sobre a Missão Revolucionária da Poesia". Em resposta à reação crítica de Castilho na carta-posfácio ao Poema da Mocidade, de Pinheiro Chagas, publica os opúsculos Bom Senso e Bom Gosto e A Dignidade das Letras e as Literaturas Oficiais, que desencadearam a Questão Coimbrã.

Ainda no contexto da Questão Coimbrã, bate-se em duelo com Ramalho Ortigão, de quem viria a tornar-se amigo. Decide aprender o ofício de tipógrafo, primeiro em Lisboa e depois em Paris, onde conhece Michelet e lhe oferece um exemplar das Odes Modernas. Regressado a Lisboa em 1868, e depois de uma curta viagem à América do Norte, reúne-se com os seus antigos condiscípulos de Coimbra no "Cenáculo", grupo onde se discutem as doutrinas recentes e se descobrem os novos poetas (Baudelaire, Gautier, Nerval, Leconte de Lisle e o redescoberto Heine); fruto destes encontros, criação coletiva da Geração de 70, nasce o poeta satânico e dândi Carlos Fradique Mendes.

Em 1871, organiza as Conferências Democráticas do Casino Lisbonense, proferindo as duas primeiras, O Espírito das Conferências e Causas da Decadência dos Povos Peninsulares. No rescaldo da interrupção e da proibição das Conferências, consideradas subversivas pelo Governo, Antero vive a sua fase política mais intensa, fundando, com José Fontana, a I Internacional Operária em Portugal e também o jornal O Pensamento Social. Por esta altura, publica as primaveras Românticas e as Considerações sobre a Filosofia da História Literária Portuguesa.

A partir de 1873, manifestam-se-lhe os primeiros sintomas de uma grave doença nervosa, que as mortes próximas da mãe e do pai acentuam, que o leva a consultar em Paris o famoso neurologista Charcot e a submeter-se, entre 1877 e 1878, a tratamentos de hidroterapia. Em 1875, publica uma segunda edição das Odes Modernas, atenuando-lhes o cunho revolucionário.

Em 1880, adota duas órfãs, filhas do amigo e antigo colega de Coimbra Germano Meireles. Nessa altura, devido à doença, isola-se em Vila do Conde, continuando a escrever sonetos e ensaios filosóficos.

Em 1886, publica os Sonetos Completos e o ensaio A Filosofia da Natureza dos Naturalistas.
Em 1887, redige a célebre carta autobiográfica a Wilhelm Storck, seu tradutor alemão. Em 1890, publica o estudo filosófico Tendências Gerais da Filosofia na Segunda Metade do Século XIX. No mesmo ano, em virtude do Ultimato inglês, regressa temporariamente à atividade pública, aceitando a presidência da efémera "Liga Patriótica do Norte".

Em 1891, suicida-se em Ponta Delgada.

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Raul Ribeiro

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Esteve online hoje às 15:41

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Publicado 29 de setembro de 2025

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