Mensagem - Casa dos Estudantes do Império
Na primeira página pode ler-se o seguinte texto:
"Nenhuma força por mais repressiva ou violenta que seja, logra impedir que os Povos pautem as suas acções pela fidelidade ou busca da sua identidade étnica e cultural. Ciosamente constroem e partilham da sua consciência nacional que (sendo um inesgotável rio) é também o ponto de encontro da comunidade, radicados que permanecem os seus membros a uma origem e história comuns. É das linhas essenciais do rosto literário e cultural dessa longa gesta dos povos africanos que desejamos deixar registo neste corpo denominado Colecção Para a História das Literaturas Africanas de Expressão Portuguesa."
1° Volume
2° Volume
Edição: 1996
Direcção, organização e orientação de Manuel Ferreira
Mensagem - Boletim da Casa dos Estudantes do Império
Pela Casa dos Estudantes do Império (CEI) passaram personalidades como Amílcar Cabral, Agostinho Neto, Marcelino dos Santos, Alda do Espírito Santo, Luís Cabral, Lúcio Lara e Vasco Cabral, muitos dos quais se tornariam importantes líderes dos movimentos de libertação dos países africanos de língua oficial portuguesa.
Líderes políticos e intelectuais:
Amílcar Cabral: e Luís Cabral: Fundadores do PAIGC (Guiné-Bissau e Cabo Verde).
Agostinho Neto: Líder do MPLA (Angola) e um dos seus fundadores.
Marcelino dos Santos: Importante quadro da FRELIMO (Moçambique).
Alda do Espírito Santo: Figura relevante do MLSTP (São Tomé e Príncipe).
Lúcio Lara: Também associado ao MPLA.
Vasco Cabral: Outra figura da Guiné.
Escritores e pensadores:
José Craveirinha: Poeta moçambicano, autor de obras importantes no âmbito da literatura nacionalista africana.
Luandino Vieira: Escritor angolano, cujas obras refletem o contexto colonial.
Virgiilio Cruz: Escritor, com poemas e contos publicados pela imprensa da CEI.
Pepetela: Escritor e político angolano.
Contexto de formação:
A CEI foi um centro de encontro de estudantes das colónias portuguesas em Lisboa, onde se consolidaram redes de solidariedade e se promoveram debates políticos e culturais. As publicações da Casa, como o boletim Meridiano, foram importantes na formação de uma consciência nacionalista e anticolonial entre as gerações futuras de líderes africanos.
Inclui muitos textos de Mário Pinto de Andrade.