Particular
Tipo: Portugal
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Descrição
No final do século XVIII, Bento Rodrigo Pereira de Sotomaior e Menezes (nasc. ca.1690), fidalgo da casa Real e tenente de infantaria da praça de Viana, senhor da Casa de Cabanelas, localizada em Bustelo (Penafiel), viu-se na necessidade de ensinar a arte da retórica aos seus três filhos, que viviam com ele numa quinta afastada da cidade.
Foi nesse contexto que, em 1794, após ter lido "com atenção escrupulosa muitas, e boas obras, que tratam desta importante matéria", deu à estampa, através da Oficina de Simão Tadeu Ferreira (que em 1801 seria nomeado administrador da Junta Económica e Administrativa da Impressão Régia), um livro com um título assaz longo:
"Compendio rhetorico, ou Arte completa de rhetorica com methodo facil, para toda a pesoa curioza, sem frequentar as aulas, saber a arte da eloquencia: toda composta das mais sabias doutrinas dos melhores autores, que escrevêrão desta importante sciencia de falar bem".
No referido livro, constituído por seis partes, desenvolvidas ao longo de 300 páginas, o autor explica que empreendeu tal obra porque a maior parte dos compêndios de retórica demandava bons mestres que pudessem fornecer exemplos e explicar mais simplesmente o que estava escrito. Pelo contrário, Menezes pretendia legar um livro que fosse compreendido, sem intermediários, pelos jovens das aldeias.
Uma das técnicas que Menezes explicita neste livro é a pathopeia, ainda hoje tão praticada... Explicava o autor em 1794:
"O talento, e modo de mover os afetos no animo dos ouvintes é a parte tão brilhante da arte da eloqüência, que mais parece ser dom particular da natureza, do que ciência adquirida pelos preceitos da mesma arte. Por isto deve o orador fazer-se poderoso em os mover: pois vence muitas vezes pelo movimento dos afetos, o que não pode fazer com a razão manifesta. Seis coisas há que considerar no modo de mover afetos: o Orador que os há de mover e os ouvintes que hão de ser movidos, aquilo que é objeto dos afetos, que estilo se deve usar, aonde e quando se hão de mover, que vícios se devem evitar".
Publicado em 1794, este livro é contemporâneo do período em que, após a destruição pelo fogo da Real Barraca da Ajuda, o Palácio de Queluz tornou.-se a residência oficial do príncipe regente D. João VI.
Foi nesse contexto que, em 1794, após ter lido "com atenção escrupulosa muitas, e boas obras, que tratam desta importante matéria", deu à estampa, através da Oficina de Simão Tadeu Ferreira (que em 1801 seria nomeado administrador da Junta Económica e Administrativa da Impressão Régia), um livro com um título assaz longo:
"Compendio rhetorico, ou Arte completa de rhetorica com methodo facil, para toda a pesoa curioza, sem frequentar as aulas, saber a arte da eloquencia: toda composta das mais sabias doutrinas dos melhores autores, que escrevêrão desta importante sciencia de falar bem".
No referido livro, constituído por seis partes, desenvolvidas ao longo de 300 páginas, o autor explica que empreendeu tal obra porque a maior parte dos compêndios de retórica demandava bons mestres que pudessem fornecer exemplos e explicar mais simplesmente o que estava escrito. Pelo contrário, Menezes pretendia legar um livro que fosse compreendido, sem intermediários, pelos jovens das aldeias.
Uma das técnicas que Menezes explicita neste livro é a pathopeia, ainda hoje tão praticada... Explicava o autor em 1794:
"O talento, e modo de mover os afetos no animo dos ouvintes é a parte tão brilhante da arte da eloqüência, que mais parece ser dom particular da natureza, do que ciência adquirida pelos preceitos da mesma arte. Por isto deve o orador fazer-se poderoso em os mover: pois vence muitas vezes pelo movimento dos afetos, o que não pode fazer com a razão manifesta. Seis coisas há que considerar no modo de mover afetos: o Orador que os há de mover e os ouvintes que hão de ser movidos, aquilo que é objeto dos afetos, que estilo se deve usar, aonde e quando se hão de mover, que vícios se devem evitar".
Publicado em 1794, este livro é contemporâneo do período em que, após a destruição pelo fogo da Real Barraca da Ajuda, o Palácio de Queluz tornou.-se a residência oficial do príncipe regente D. João VI.
ID: 661762135
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Publicado 10 de maio de 2025
Compendio rhetorico (1794): um livro com uma história curiosa...
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