1917. A Frente Ocidental. Mais de um milhão de tropas aliadas e alemãs estão frente a frente no Norte da Europa.
É um mundo de lama, emaranhado por uma vastidão de arame farpado e sulcado por quilómetros de trincheiras.
A terra está empapada do sangue dos que tombaram e o ar fétido tem um cheiro sufocante a morte e gás. Centenas de milhares de jovens jazem enterrados nesta terrível aridez e outros tantos irão morrer antes de terminar a chacina.
É aqui que o soldado Charlie Shakespeare tem de enfrentar a realidade sobre si próprio e reconhecer que é um cobarde, incapaz de encarar os horrores da guerra. Cheio de medo, é atirado para o caos da batalha, onde assiste ao dizimar dos camaradas: uns rasgados pelas balas das metralhadoras e outros desfeitos pelas bombas perdidas.
Quando a batalha termina, Shakespeare e os outros sobreviventes vêem-se perdidos em terreno inimigo e o único refúgio que encontram é uma trincheira alemã abandonada. Neste claustrofóbico labirinto de túneis, infestado de ratos e pejado de cadáveres, vão ter de aguardar que os salvem. Mas ninguém aparece, e com o cair da noite, um a um, todos começam a morrer. Um inimigo invisível persegue-os e leva-os à loucura.
Neste amaldiçoado ermo, o soldado Shakespeare vai ter de arranjar forças para enfrentar os seus medos, se quiser sobreviver a algo ainda mais terrível que a guerra que os rodeia.

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