EDITOR CONTRA FERNANDO RIBEIRO DE MELLO E A AFRODITE / TEXTO, DES. E ED. PEDRO PIEDADE MARQUES

AUTOR(ES): Marques, Pedro Piedade, 1971-
PUBLICAÇÃO: [S.l.] : Montag, cop. 2015
DESCR.FÍSICA: 356, [4] p. : il. ; 19 cm

MARQUES (Pedro Piedade).— EDITOR CONTRA. FERNANDO RIBEIRO DE MELLO E A AFRODITE. Montag. [S.l.] [2015]. Dim. Aprox. [18 x 15 cm] de 356-IV págs. B.

Primeira e única monografia dedicada a este combativo, provocador e peculiar editor nascido no Porto, fundador da editora Afrodite durante o regime do Estado Novo. Durante os anos 60 e 70 agitou as mentalidades da sociedade Lisboeta com as suas ‘sui generis’ performances-inaugurações editoriais, provocando o regime com títulos consecutivamente proibidos como o ‘Kama-Sutra: Manual do Erotismo’; ‘Antologia de Poesia Erótica e Satírica’ com selecção, prefácio e notas de Natália Correia e ilustrações de Cruzeiro Seixas; ‘A Filosofia na Alcova’ de Marquês de Sade, com prefácios de David Mourão-Ferreira e Luiz Pacheco e ilustrações de João Rodrigues; o ‘Grande Livro de S. Cipriano ou os Tesouros do Feiticeiro’, com comentários de Padre Álvaro Miranda Santos, António Alçada Baptista, António José Forte, Padre Avelino Rodrigues e Fernando Calixto; uma versão integral (não infantil) das ‘Aventuras de Alice no País das Maravilhas’ de Lewis Carrol com comentários de Manuel João Gomes e ilustrações de John Tenniel, e ainda o ‘Anti-Dühring’ de Friedrich Engels. Pedro Piedade Marques autor, organizador e editor desta publicação, foi ainda curador da exposição ‘Editor de vanguarda’ que se seguiu, na Biblioteca Municipal do Porto comenta que: “Compõe-se este livro, além do meu texto sobre a história da Afrodite, de dois escritos ‘ad hoc’ por Vitor Silva Tavares (amigo fiel, colaborador pontual, confidente e tábua de salvação de Fernando Ribeiro de Mello, que acompanhou o enigmático Dalí lisboeta até ao fim) e Aníbal Fernandes (grande tradutor e divulgador de boa literatura que, para a Afrodite, organizou duas antologias e colaborou ainda numa terceira), de uma entrevista com Nuno Amorim e de dois depoimentos captados em discurso directo e editados: os de Eduardo Batarda (que, com aquele, ilustrou livros para a Afrodite, representando ambos, pela sua disparidade estilística e temperamental, a diversidade visual que Fernando Ribeiro de Mello impôs ao seu catálogo), e o de Vitor Silva Tavares (que complementa assim o seu texto com uma deambulação notável e detalhada por aqueles anos de convivência). Apresenta-se ainda, em apêndice, o texto do folheto polemista de Ribeiro de Mello de 1968 ‘As Avelãs de Cesariny’ e três cartas de Luiz Pacheco ao editor, datadas de 1966; no final, uma cronologia das edições da Afrodite.”

Exemplar novo.

ref. j6