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"Em Defesa da Revolução Africana" de Frantz Fanon - 1ª Edição de 1980
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Tipo: África

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Descrição

"Em Defesa da Revolução Africana"
de Frantz Fanon

1ª Edição de 1980
Livraria Sá da Costa Editora
Coleção Terceiro Mundo
236 Páginas

Na sua maior parte estes textos não são inéditos. Foram publicadas em diversas revistas e periódicos de que, na devida altura, damos a referência e a data. Mas, dispersos, eram difíceis de encontrar. Sobretudo os El Moudjahid são hoje inacessíveis, e, mesmo no seu tempo, só foram conhecidos por uma parte restrita do público.

Em Defesa da Revolução Africana ( francês : Pour la Révolution Africaine ) é uma coleção de ensaios escritos por Frantz Fanon, publicada postumamente, em 1964. Os ensaios do livro foram escritos de 1952 a 1961, antes de sua obra mais famosa, Os condenados da terra. Fanon aborda nesse livro os temas do racismo, descolonização, unidade africana e a Revolução Argelina.

A primeira seção do livro (francês: Le colonisé en question) lida com as opiniões que os estrangeiros sustentam dos norte-africanos. Fanon ostensivamente escreveu apenas dois outros ensaios sobre esse tópico, mas um deles, "Antilhanos e africanos", foi de fato escrito por Pierre Chaulet.

Em seu ensaio "O síndrome norte-africano", Fanon desafiou os preconceitos dos médicos franceses contra argelinos e outros norte-africanos, cujas queixas de doença ou dor eram muitas vezes descartadas como lamentações ou preguiça. Muitos psiquiatras europeus concluíram que os africanos estavam destinados a ser menos inteligentes e menos estáveis emocionalmente do que os europeus, e essa abordagem manchou sua prática profissional. Escrito enquanto Fanon ainda estava estudando para se tornar um psiquiatra, ele constrói o imaginário estereotipado dos árabes nas mentes dos médicos franceses, que se consideravam mais civilizados: "Quem são eles, essas criaturas famintas para a humanidade que estão forçando contra as fronteiras (embora eu as conheça por experiência própria como terrivelmente distintas) do completo reconhecimento? Este é um dos primeiros trabalhos de Fanon e representa parte de seu pensamento original sobre a natureza institucional e social do colonialismo.

A segunda seção, "Racismo e cultura" (francês: Racisme et culture), é um discurso único proferido por Fanon em 1956 no primeiro Congresso de Escritores e Artistas Negros, e foi originalmente publicado numa edição especial da Présence Africaine. Seu ponto central é que o racismo "é apenas um elemento de um todo mais vasto: o da opressão sistematizada de um povo.

Rumo à libertação da África
Vinte dos ensaios de Fanon que explicam o movimento de se opor ao colonialismo e trabalhar ativamente para acabar com ele, na Argélia e em outros lugares, são coletados em uma seção intitulada Rumo à libertação da África (em francês: Vers la libération de l'Afrique), que ocupa a maior parte do livro. A maioria desses ensaios foi originalmente publicada anonimamente em El Moudjahid, tanto para proteger sua identidade quanto como "uma expressão de solidariedade revolucionária".

Especialmente preocupante para Fanon nesta parte do livro é o uso de tortura pelas autoridades coloniais francesas contra os argelinos. Ele argumentou que a tortura não era uma falha excepcional da guerra, mas "uma expressão e um meio do relacionamento usado pelos ocupantes". A tortura era uma característica extrema do relacionamento colonial, mas não havia como justificar o colonialismo sem aceitar tacitamente o uso da tortura, segundo Fanon. A tortura cria, nas palavras de Fanon, "uma vasta desumanização da juventude francesa".

Fanon alertou em outros ensaios sobre os perigos que o neocolonialismo representava para estados nominalmente livres: os líderes europeus exibiam "a aceitação de uma soberania nominal e a recusa absoluta de independência real" quando suas colónias tentavam romper. A dominação económica substituiria o controle político formal, de modo que as ex-colónias ainda sobrevivessem à mercê das antigas potências, e isso seria justificado sob a preservação dos direitos dos colonos.

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Frantz Fanon (1925 a 1961), psiquiatra e filósofo, é um nome incontornável dos estudos pós-coloniais e da luta anti racista.
Nasceu numa família numerosa da pequena burguesia das Antilhas francesas, na ilha de Martinica. Descendente de africanos escravizados transportados à força para essa zona – que, em tempos, assegurara a riqueza e o equilíbrio da balança de pagamentos de França – foi o quinto filho de um funcionário das alfândegas e teve, ainda assim, uma infância despreocupada, com acesso a uma educação esmerada. Na juventude, porém, viveu experiências traumáticas quando, em 1943, deixou Martinica e se juntar às tropas da França Livre na Segunda Guerra Mundial. Nessa época, Fanon descobriu que a igualdade proclamada pela República Francesa é uma ilusão, e rapidamente se apercebe de que não é visto como um igual, facto que contribuiu para ir estudar medicina na metrópole, destino dos mais ambiciosos ou dotados, como já acontecera com o seu mentor e amigo Aimé Césaire – professor de Fanon nos tempos de liceu –, beneficiando do facto de ser um antigo combatente.
A par do seu trabalho como médico e psiquiatra, Fanon apoiou a Guerra de Independência da Argélia em relação à França e foi membro da Frente de Libertação Nacional da Argélia. Deixou uma obra que influenciou grandemente os estudos pós-coloniais e a luta anti racista, abordando as consequências humanas, sociais e culturais da descolonização. Grande intelectual do seu tempo e humanista marxista, elaborou com Jean-Paul Sartre críticas radicais sobre as estratégias de violência e desumanização que atingiram os colonizados.
Morreu prematuramente, em 1961, aos 36 anos, vítima de leucemia.

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Raul Ribeiro

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Esteve online dia 22 de dezembro de 2025

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Publicado 17 de dezembro de 2025

"Em Defesa da Revolução Africana" de Frantz Fanon - 1ª Edição de 1980

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