Bidjagó / Bidyogo Guiné Bissau.
Celebra o tubarão-martelo e teria sido usado na testa do dançarino. A parte da frente apresenta uma boca assustadora.
Escultura de madeira pintada.
Material: madeira, material esponjoso e sisal.
Bom estado, com imperfeições pontuais na madeira (ver fotos)
A arte Bidjagó / Bidyogo é muito pouco conhecida e representada em coleções.
Esses objetos são muito difíceis de adquirir, por razões múltiplas, principalmente geográficas e religiosas.
A arte Bidjagó revela-se numa variedade de máscaras zoomórficas. As mais conhecidas são as de touros, mas — o que não é surpreendente, considerando o estilo de vida marítimo dos povos Bijagós — tubarões, peixes-serra e raias também são populares.
Ali se destacam as máscaras e remates com forma de cabeça de tubarão (Omã), de peixe-serra (Caíssi), bem como de tubarão-martelo (Iatata), todas usadas tanto pelos kanhocã quanto pelos kabaro.
Estas máscaras identificam-se com o animal que representam. Só os mais velhos podem usar as imagens de animais perigosos.
As máscaras são o adorno de eleição de dança dos jovens kanhocã e kabaro. Sempre que se organizam eventos, e sob a supervisão dos kamabi, os kabaro são convidados para o palco para dançar e animar a comunidade e, às vezes, os kanhocã podem aproveitar a oportunidade para brincar. A principal matéria-prima destes objetos é o tronco de tagara (Alstonia sp.). Após o corte, o tronco é dividido verticalmente ao meio com machado e com o apoio de outras ferramentas como catana, faca e formão.
O povo Bidjagó tem o nome do grupo das ilhas da Guiné-Bissau onde se instalou.

2.ª metade do século XX.
Dimensão: 250×480×140 mm