Durante os primeiros cinquenta anos deste século, o nome de Pierrepoint apareceu no conjunto de executores qualificados do Ministério do Interior para a Grã-Bretanha e Irlanda, lista sendo também aceite pela República da Irlanda quando este território se tornou independente. Vários membros da família Pierrepoint foram nomeados oficiais executores sucessivamente, Henry Albert Pierrepoint, o seu irmão Thomas William e o filho de Henry, Albert, que escreveu a sua autobiografia.

Albert Pierrepoint tornou-se carrasco em 1931, aos 27 anos, e demitiu-se do cargo de executor oficial em 1956. Em 1949, prestou amplos depoimentos à Comissão Real sobre a Pena Capital. Resume agora a sua carreira da seguinte forma: "Eu operei em nome das estatísticas, o que estou convencido ser o método mais humano e mais digno de infligir a morte a um delinquente - por mais justificada ou injustificada que seja a distribuição da morte - em nome da humanidade treinei outras nações para adoptarem o sistema de execução britânico. É um facto que não é fonte de tagarelice para mim - é simples história - que executei mais sentenças judiciais de morte (fora do campo da política) do que qualquer carrasco em qualquer registo ou arquivo britânico."

Ao longo da sua carreira, o Sr. Pierrepoint evitou qualquer forma de publicidade pessoal. A sua autobiografia oferece agora um registo documental da sua experiência, que, em retrospectiva, ele resume da seguinte forma: “Não acredito agora que qualquer uma das centenas de execuções que realizei tenha agido de alguma forma como um impedimento contra futuros assassinatos. Em minha opinião, não conseguiu nada além de vingança"

A pena capital foi abolida na Grã-Bretanha em 1964. Hoje, o debate ainda está longe de terminar e é provável que se torne novamente uma questão importante à medida que a violência política e social aumenta. A autobiografia de Albert Pierrepoint dá um contributo único para este importante debate.
Edição de 1974, capa dura com 211 pgs, bom estado.
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