Feliz Avelar Brotero

Considerado o “pai” da Botânica moderna portuguesa.

“Flora Lusitanica” - 1804

“Flora lusitanica, seu, Plantarum, quae in Lusitania vel sponte crescunt, vel frequentius coluntur, ex florum praesertim sexubus systematice distributarum, synopsis. “

2 v.

Miolo limpo.
Encadernações da época a necessitarem de restauro. Volume 2 sem lombada.

Félix da Silva Avelar Brotero

Flora Lusitanica é um livro de Félix de Avelar Brotero, com descrições sobre a flora portuguesa, escrito em latim. A obra, publicada em 1804, tratou-se da primeira flora portuguesa, tendo tido como base o sistema sexual de Lineu, sendo descritas 1885 espécies, muitas delas desconhecidas então para a ciência, tendo também sido nela feita pela primeira vez uma nomenclatura botânica portuguesa.

Célebre botânico português nascido em 1744 e falecido em 1828. Adotou o epíteto de Brotero, que significa "amante dos mortais".
Estudou Grego e Direito Canónico na Universidade de Coimbra, mas não concluiu a licenciatura.
Partiu para França em 1778, onde conviveu com importantes naturalistas e estudou ciências naturais. Publicou um Compêndio de Botânica. Regressado a Portugal, ocupou as funções de regente das cadeiras de Botânica e de Agricultura na Universidade de Coimbra. Nessa mesma cidade, foi o fundador do Jardim Botânico. Em 1793 publicou para os seus alunos os Principios de Agricultura philosophica. Outros estudos se seguiram, tais como Flora Lusitanica (1804) e Phytographia Lusitaniae (1816/1827).

Médico, botânico, intelectual e artista de mérito, Brotero foi um profícuo autor, muito prestigiado no meio científico europeu, e a sua obra veio preencher importantes lacunas no panorama editorial cientifico português. É o caso da Flora Lusitana, onde são identificadas cerca de 1800 espécies, várias pela primeira vez.

Edição original desta valiosa e procurada obra.
Raríssima. Inocêncio, Tomo II, pág. 259: "N. na freguezia do Tojal, Termo de Lisboa, em 1744, e M: em 1828. A celebridade do nome d'este varão illustre, reconhecido universalmente como o primeiro botânico de Portugal, me dispensa de entrar aqui nos pormenores da sua biografia, que poucos deixaram de ter lido. Felicis Avellar Broteri, etc. Flora Lusitanica, seu plantarum, qu in Lusitania vel sponte crescunt vel frequentius
coluntur, ex florum proesertim sexubus syste-matice distributarum synopsis. Olissipone, ex Typ. Regia. 1804. 4°. 2 tomos, contendo 607 557
pag. Foi mandada fazer esta edição por ordem do Governo, sendo então ministros d'estado
D. Rodrigo de Sousa Coutinho e D. João d'Al-meida de Mello e Castro. E parece que para isto foi mister vencer grandes opposições, provocadas por parte de Domingos Vandelli e do P. Velloso,
que impediram até onde poderem a publicação.
Ao menos assim o affirmam claramente Antonio de Araujo e D. Rodrigo de Sousa Coutinho, em cartas dirigidas por ambos ao abbade Corrêa, cujos originaes me foram ha pouco mostrados"

Nota: Encadernações inteiras de pele com defeito; pequenas manchas antigas de humidade nas páginas do
segundo volume, nas pág. 361 a 472 (muito ligeiras); pequenas manchas na parte inferior das últimas
páginas, sem tocar no texto.