Particular
Tipo: Best Sellers
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Descrição
SINOPSE
Sobre o fim do mundo, quando nos resta apenas nós mesmos. Somos tudo ou somos resto?
Quando Clov parte, Hamm, enfim, chora. Admite que se decepciona, admite a tristeza. Admite, assim, a esperança e a expectativa. Que, nos destroços de sonhos e humanidades, ainda existia um olhar sobre o futuro, uma outra coisa a se buscar no dia porvir. A condição total de abandono, tão extrema, tão natural, tão imutável, era, então, apenas uma frágil condição.
Quando Hamm deseja algo, vislumbra-se o único momento de esperança daquele mundo perdido. As emoções não foram todas destruídas, afinal. Quando o futuro é possível de existir e o ser se permite querer. Potência e vontade. Ele pode escolher, ele pode optar. Ele é humano.
Mas qualquer potência, qualquer ação e fuga diante das ruínas humanas, cai por terra quando Clov volta, decepcionado, e Hamm se põe a rir, mascarando seu abandono. Ele não está mais sozinho e pode partilhar sua miséria. No fim do mundo há uma companhia. Uma forma cruel de compaixão.
Espiam o mundo, o que restou dele. Mas é o mundo que acabou e eles restaram e são, portanto, tudo o que há e possa haver, ou são restos que o mundo despejou, ficando assim fora do que pode existir, à margem, esquecidos? São os restos do nada ou os restos da realidade que se repete sem eles? Vivem à beira, no limiar, nos extremos de suas existências meio humanas, meio animais. Essa condição é natural ou lhes foi dada?
Ali foram colocados, afinal, e não é permitido sair. Há um outro que assim designou. Há sempre um outro, para além de seus limites. Refugiados, indigentes, loucos.
Envio para todo o país via ctt ou entrego em mão em Lisboa.
Sobre o fim do mundo, quando nos resta apenas nós mesmos. Somos tudo ou somos resto?
Quando Clov parte, Hamm, enfim, chora. Admite que se decepciona, admite a tristeza. Admite, assim, a esperança e a expectativa. Que, nos destroços de sonhos e humanidades, ainda existia um olhar sobre o futuro, uma outra coisa a se buscar no dia porvir. A condição total de abandono, tão extrema, tão natural, tão imutável, era, então, apenas uma frágil condição.
Quando Hamm deseja algo, vislumbra-se o único momento de esperança daquele mundo perdido. As emoções não foram todas destruídas, afinal. Quando o futuro é possível de existir e o ser se permite querer. Potência e vontade. Ele pode escolher, ele pode optar. Ele é humano.
Mas qualquer potência, qualquer ação e fuga diante das ruínas humanas, cai por terra quando Clov volta, decepcionado, e Hamm se põe a rir, mascarando seu abandono. Ele não está mais sozinho e pode partilhar sua miséria. No fim do mundo há uma companhia. Uma forma cruel de compaixão.
Espiam o mundo, o que restou dele. Mas é o mundo que acabou e eles restaram e são, portanto, tudo o que há e possa haver, ou são restos que o mundo despejou, ficando assim fora do que pode existir, à margem, esquecidos? São os restos do nada ou os restos da realidade que se repete sem eles? Vivem à beira, no limiar, nos extremos de suas existências meio humanas, meio animais. Essa condição é natural ou lhes foi dada?
Ali foram colocados, afinal, e não é permitido sair. Há um outro que assim designou. Há sempre um outro, para além de seus limites. Refugiados, indigentes, loucos.
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ID: 621248099
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Publicado 04 de agosto de 2025
Fim de Partida de Samuel Beckett
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