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"Gaibéus" de Alves Redol - 18ª Edição de 1993
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Descrição

"Gaibéus"
de Alves Redol

Prefácio de Óscar Lopes

18ª Edição de 1993
Editorial Caminho
Coleção Obras Completas de Alves Redol Nº 1
310 Páginas

O romance Gaibéus foi publicado pela primeira vez em 1939. É o ponto de partida da obra romanesca de Alves Redol. Mas é também o ponto de chegada de uma longa reflexão do autor sobre o significado e o papel da arte, o primeiro edifício do programa de uma literatura nova. Dessa reflexão de Redol ficou uma série de artigos publicados em jornais de Vila Franca de Xira, onde vivia Vida Ribatejana (entre 1927 e 1934) e Mensageiro do Ribatejo (entre 1934 e 1940). De destacar ainda a conferência sobre arte, proferida em Vila Franca em 1936. Fiel ao seu ideário, Redol, antes de escrever Gaibéus, realizou um amplo "trabalho de campo" deslocou-se repetidas vezes à lezíria, chegou mesmo a instalar-se no campo para recolher dados sobre o trabalho nos arrozais. Os seus blocos de apontamentos contêm numerosas indicações técnicas sobre o cultivo do arroz. As próprias relações familiares lhe serviram de documento o pai de Redol era oriundo da região de origem dos gaibéus. Hoje Gaibéus é comummente aceite como o romance que marca o aparecimento do neo-realismo em Portugal.
Eis o mundo que Alves Redol nos apresenta no seu primeiro romance. História da alienação de uma comunidade de trabalhadores, ficamos a saber até que ponto são explorados, e até que ponto essa exploração se deve à falta de união com outras comunidades de jornaleiros. Gaibéus é, assim, o romance do divórcio entre ganhões, uns procurando resgatar algumas bouças ou sulcos que ainda lhes pertencem, outros alheios ao que seja possuir qualquer chalorda ou mesmo canteiro. História simbólica do embate de duas diferentes mentalidades, a desunião entre gaibéus e rabezanos é triste e profético paradigma das oposições, ainda hoje bem marcadas, entre os camponeses dos minifúndios e os dos latifúndios. Redol acreditava que seria possível o "casamento" entre uns e outros quando descobrissem que a mesma fome os une. É disso exemplo simbólico a parábola dos quatro jovens rabezanos e dos três jovens gaibéus.

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Alves Redol, figura pioneira do neorrealismo português, nasceu em Vila Franca de Xira a 29 de dezembro de 1911.

Filho de um pequeno comerciante, obteve um curso comercial, partindo em 1928 para Luanda, onde viveu experiências profissionais que iria mais tarde considerar decisivas para a sua formação política. De regresso a Portugal, em 1931, desenvolve várias atividades profissionais, ao mesmo tempo aprofunda o seu gosto pela escrita e colabora em diversos jornais e revistas, designadamente em publicações locais, como Vida Ribatejana, Goal ou Mensageiro do Ribatejo, mas também em O Diabo, Sol Nascente e Vértice.

Empenhado na luta pela democracia, milita no Partido Comunista Português a partir do início dos anos 40, é perseguido pelo regime, sendo preso duas vezes pela polícia política do Estado Novo.

Participa ativamente na vida da sua região, desenvolvendo intensa atividade cultural e política, sendo o principal dinamizador, entre os anos 30 e 40, do grupo de jovens que ficou conhecido por grupo neorrealista de Vila Franca de Xira, que integrava Soeiro Pereira Gomes, Dias Lourenço, Garcez da Silva, Bona da Silva e Arquimedes da Silva Santos.

Foi o impulsionador dos chamados ‘Passeios no Tejo’, passeios culturais e políticos organizados nos finais da década de 30 e início de 40 em Vila Franca de Xira, que juntavam intelectuais que, iludindo a vigilância da PIDE, preparavam a luta contra a ditadura, e onde participaram Álvaro Cunhal, António Dias Lourenço, Soeiro Pereira Gomes, Fernando Lopes Graça, Manuel da Fonseca, Bento de Jesus Caraça, entre outros. Em 1953 foi também o principal dinamizador da experiência coletiva que ficou designada por ‘Ciclo do Arroz’, onde participaram Júlio Pomar, Cipriano Dourado, António Alfredo, Rogério Ribeiro e Alice Jorge.
A 17 de junho de 1936 profere no Grémio Artístico Vila-franquense a sua conferência Arte, onde critica o futurismo e a “arte pela arte” da “Presença” e defende uma arte interventiva, socialmente empenhada e útil, numa aproximação clara aos pressupostos do realismo social.

É considerado pioneiro do movimento neorrealista com o seu romance de estreia Gaibéus (1939), ao assumir o compromisso estético e social que congregou uma nova geração em torno da transformação da sociedade portuguesa e que ficou expresso na curta mensagem que o precede: “Este romance não pretende ficar na literatura como obra de arte. Quer ser, antes de tudo, um documentário humano fixado no Ribatejo. Depois disso, será o que os outros entenderem”.
Trouxe para o universo da ficção os trabalhadores, os explorados e as suas lutas, em romances como Avieiros (1942); Fanga (1943); Vindima de Sangue (1953); A Barca dos Sete Lemes (1958); Uma Fenda na Muralha (1959); Barranco de Cegos (1961), entre muitos outros.

A sua vasta produção literária inclui também contos, como Nasci com Passaporte de Turista (1940) ou Constantino, Guardador de Vacas e de Sonhos (1962); teatro, como Forja (1948) ou O Destino Morreu de Repente (1967); estudos de carácter etnográfico, resultantes da curiosidade sobre a vida real do ribatejo profundo, como Glória: Uma Aldeia do Ribatejo (1938) ou Romanceiro Geral do Povo Português (1964); e literatura infantojuvenil, Vida Mágica da Sementinha (1956) e a série ´A Flor´, quatro livros elaborados de acordo com uma gradação de aprendizagem de leitura: A Flor Vai Ver o Mar (1968), A Flor Vai Pescar num Bote (1968), Uma Flor Chamada Maria (1969) e Maria Flor Abre o Livro das Surpresas (1970).

Alves Redol faleceu em Lisboa a 29 de novembro de 1969. O seu funeral, fortemente reprimido pela PIDE, foi acompanhado por milhares de pessoas que quiseram prestar homenagem ao “escritor do povo”.

Com sede na cidade de Vila Franca de Xira, a Associação Alves Redol dedica-se à divulgação da vida e obra do escritor. Também a Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo, cujo Presidente é António Mota Redol, filho único do escritor, tem tido um papel fundamental na divulgação do trabalho do escritor e do neorrealismo em geral, nas suas diversas vertentes.

Uma parte considerável do espólio do escritor foi entregue ao Museu do Neo-Realismo pelo herdeiro em 2006. A formalização da doação ocorreu em 2007, aquando da inauguração do Museu atual edifício, que lhe tem dedicado inúmeras atividades e exposições, designadamente a exposição Alves Redol, Horizonte Revelado no centenário do seu nascimento, em 2011. No âmbito desta exposição foi incorporada uma segunda entrega de documentos de espólio, tendo sido formalizada a doação em 2020.

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Raul Ribeiro

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Publicado 20 de abril de 2024

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