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Descrição
Edição da Biblioteca Nacional de Lisboa. 3º Volume - 1ª edição
As edições da Fundação Calouste Gulbenkian reproduzem esta primeira.
Em 1924, num tempo português muito conturbado, feito de intensas lutas políticas e grandes movimentações sociais, com a Ditadura Militar a germinar no espaço que lhe abriam para despontar dois anos depois, Raul Proença, acompanhado dos melhores escritores do seu tempo, deitou mãos à empresa de editar um Guia de Portugal que iria ficar para a história e preencher o imaginário de gerações de portugueses, com reedições sucessivas ao longo de décadas.
Concebido entre a 1ª República e os inícios do golpe militar de 28 de maio de 1926, que deu origem ao regime ditatorial vigente em Portugal até 1974, o Guia de Portugal surgia numa altura de crescente atenção ao turismo. Mais tarde, chega a ser recomendado pela Repartição de Turismo e pela Sociedade de Propaganda de Portugal.
Proença quis ter do seu lado, não só os melhores escritores, como os melhores especialistas em história de arte, geografia física e humana, arqueologia, etnografia ou antropologia. Entre os convidados para o volume de estreia estão Aquilino Ribeiro, António Sérgio, Reinaldo dos Santos, a que se juntam inúmeros textos do próprio coordenador, bem como de Afonso Lopes Vieira, Jaime Cortesão, José de Figueiredo, Câmara Reis, Teixeira de Pascoaes, Júlio Dantas, Orlando Ribeiro, Oliveira Ramos ou Raul Lino, autor da imagem gráfica do projeto e um dos mais importantes arquitetos da época.
No segundo volume continuam a colaborar alguns dos que já apareciam na estreia, aos quais se juntam, entre outros, Hernâni Cidade, José Rodrigues Miguéis, Sarmento de Beires ou Teixeira de Sampaio. O prefácio é assinado por Raul Proença, agora já na qualidade de 'ex-chefe dos serviços técnicos da Biblioteca Nacional'. O regime tinha-o, entretanto, 'demitido das funções que ocupava desde 1911'.
Após a publicação dos dois primeiros volumes, a obra entra num hiato, sendo apenas retomada após a morte de Raúl Proença em 1941. O escritor, bastante activo na esfera política e um dos fundadores da Seara Nova, participara em Fevereiro de 1927 numa fracassada sublevação constitucionalista contra o novo regime, o que acaba por o levar ao exílio em Paris. Durante esta época, Raúl manifestou perturbações mentais notáveis e face a dificuldades crescentes regressou a Portugal, em 1932, sendo de pronto internado no Hospital do Conde de Ferreira. Submeteu-se, pouco depois, à experiência neuro-cirúrgica recém-inventada pelo Prof. Egas Moniz e executada pelo Prof. Almeida Lima, uma Leucotomia Pré-frontal.
As edições da Fundação Calouste Gulbenkian reproduzem esta primeira.
Em 1924, num tempo português muito conturbado, feito de intensas lutas políticas e grandes movimentações sociais, com a Ditadura Militar a germinar no espaço que lhe abriam para despontar dois anos depois, Raul Proença, acompanhado dos melhores escritores do seu tempo, deitou mãos à empresa de editar um Guia de Portugal que iria ficar para a história e preencher o imaginário de gerações de portugueses, com reedições sucessivas ao longo de décadas.
Concebido entre a 1ª República e os inícios do golpe militar de 28 de maio de 1926, que deu origem ao regime ditatorial vigente em Portugal até 1974, o Guia de Portugal surgia numa altura de crescente atenção ao turismo. Mais tarde, chega a ser recomendado pela Repartição de Turismo e pela Sociedade de Propaganda de Portugal.
Proença quis ter do seu lado, não só os melhores escritores, como os melhores especialistas em história de arte, geografia física e humana, arqueologia, etnografia ou antropologia. Entre os convidados para o volume de estreia estão Aquilino Ribeiro, António Sérgio, Reinaldo dos Santos, a que se juntam inúmeros textos do próprio coordenador, bem como de Afonso Lopes Vieira, Jaime Cortesão, José de Figueiredo, Câmara Reis, Teixeira de Pascoaes, Júlio Dantas, Orlando Ribeiro, Oliveira Ramos ou Raul Lino, autor da imagem gráfica do projeto e um dos mais importantes arquitetos da época.
No segundo volume continuam a colaborar alguns dos que já apareciam na estreia, aos quais se juntam, entre outros, Hernâni Cidade, José Rodrigues Miguéis, Sarmento de Beires ou Teixeira de Sampaio. O prefácio é assinado por Raul Proença, agora já na qualidade de 'ex-chefe dos serviços técnicos da Biblioteca Nacional'. O regime tinha-o, entretanto, 'demitido das funções que ocupava desde 1911'.
Após a publicação dos dois primeiros volumes, a obra entra num hiato, sendo apenas retomada após a morte de Raúl Proença em 1941. O escritor, bastante activo na esfera política e um dos fundadores da Seara Nova, participara em Fevereiro de 1927 numa fracassada sublevação constitucionalista contra o novo regime, o que acaba por o levar ao exílio em Paris. Durante esta época, Raúl manifestou perturbações mentais notáveis e face a dificuldades crescentes regressou a Portugal, em 1932, sendo de pronto internado no Hospital do Conde de Ferreira. Submeteu-se, pouco depois, à experiência neuro-cirúrgica recém-inventada pelo Prof. Egas Moniz e executada pelo Prof. Almeida Lima, uma Leucotomia Pré-frontal.
ID: 659396912
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Publicado 15 de dezembro de 2025
Guia de Portugal - Beira Litoral, Beira Baixa, Beira Alta
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