Profissional
Tipo: História da Arte
Descrição
Hans Belting - A Verdadeira Imagem
Edição Dafne de 2012
Tradução de Artur Morão
No quadro da sua antropologia da imagem, onde se constituem como parâmetros essenciais a imagem, o corpo e o suporte das imagens, Hans Belting confronta fontes relevantes com breves episódios históricos e imagens como a Santa Face de Cristo, a Verónica ou o retrato de Lutero. Assim se exploram, com grande minúcia teórica, as férteis consequências heurísticas desse choque, com consequências relevantes para a nossa contemporaneidade.
«Nas fontes relativas à controvérsia sobre as imagens, habitualmente, não se fica a saber grande coisa sobre a figuratividade, mas bastante mais sobre as relações de poder no espaço público. As imagens eram, uma e outra vez, apresentadas em lugares públicos, para atrair sobre elas a prática que rotulamos de culto. A destruição da imagem é tão-só a outra faceta do culto da imagem, é o culto da imagem sob o signo contrário ou a violência contra as imagens em nome das quais se sofreu violência. As imagens consolidavam-se nas acções simbólicas nelas realizadas, e fracassavam se elas lhes fossem recusadas.
Tornavam-se assim heróis, mártires ou inimigos, decerto em vez de homens que estavam por detrás delas, e que directamente se não podiam atacar. Já a sua produção era uma acção simbólica e encorajava os observadores, diante delas e em público, a demonstrar a sua fé ou a recusar a sua lealdade – o que, por seu turno, equivalia a uma acção simbólica. As imagens surgiram, pois, como uma ocasião ou como um desafio calculado da sociedade a exercer diante delas actos públicos deste jaez, os quais, de outro modo, não teriam nenhum endereço ou oportunidade.»
Hans Belting
Edição Dafne de 2012
Tradução de Artur Morão
No quadro da sua antropologia da imagem, onde se constituem como parâmetros essenciais a imagem, o corpo e o suporte das imagens, Hans Belting confronta fontes relevantes com breves episódios históricos e imagens como a Santa Face de Cristo, a Verónica ou o retrato de Lutero. Assim se exploram, com grande minúcia teórica, as férteis consequências heurísticas desse choque, com consequências relevantes para a nossa contemporaneidade.
«Nas fontes relativas à controvérsia sobre as imagens, habitualmente, não se fica a saber grande coisa sobre a figuratividade, mas bastante mais sobre as relações de poder no espaço público. As imagens eram, uma e outra vez, apresentadas em lugares públicos, para atrair sobre elas a prática que rotulamos de culto. A destruição da imagem é tão-só a outra faceta do culto da imagem, é o culto da imagem sob o signo contrário ou a violência contra as imagens em nome das quais se sofreu violência. As imagens consolidavam-se nas acções simbólicas nelas realizadas, e fracassavam se elas lhes fossem recusadas.
Tornavam-se assim heróis, mártires ou inimigos, decerto em vez de homens que estavam por detrás delas, e que directamente se não podiam atacar. Já a sua produção era uma acção simbólica e encorajava os observadores, diante delas e em público, a demonstrar a sua fé ou a recusar a sua lealdade – o que, por seu turno, equivalia a uma acção simbólica. As imagens surgiram, pois, como uma ocasião ou como um desafio calculado da sociedade a exercer diante delas actos públicos deste jaez, os quais, de outro modo, não teriam nenhum endereço ou oportunidade.»
Hans Belting
ID: 665304358
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Publicado 09 de dezembro de 2025
Hans Belting - A Verdadeira Imagem
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