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Jacques Le Goff - O Imaginário Medieval
Edição Estampa de 1994
Tradução de Manuel Ruas
Por quê, então, um novo domínio da história, o do imaginário? Em primeiro lugar, porque cada vez mais os historiadores se apercebem de que tudo na vida dos homens e das sociedades está também na história e necessita de um tratamento histórico. A própria natureza entra no terreno do historiador.
Mas nós sabemos cada vez melhor, com a psicanálise, com a socio- logia, com a antropologia, com a reflexão sobre os meios de comunicação social, que a vida, quer do homem quer das sociedades, está tão ligada a imagens como a realidades mais palpáveis. Essas imagens não se restringem às que se configuram na produção iconográfica e artística: englobam também o universo das imagens mentais. E, se é verdade não haver pensamento sem imagem, tão-pouco deveremos deixar-nos afogar no oceano de um psiquismo sem limites. As imagens que interessam ao historiador são imagens colectivas, amassadas pelas vicissitudes da história, e formam-se, modificam-se, transformam-se. Exprimem-se em palavras e em temas. São-nos legadas pelas tradições, passam de uma civilização a outra, circulam no mundo diacrónico das classes e das sociedades humanas. E pertencem também à história social sem que, no entanto, nela fiquem encerradas. O imaginário alimenta o homem e fá-lo agir. É um fenómeno colectivo, social e histórico. Uma história sem o imaginário é uma história mutilada e descarnada.
Jacques Le Goff
Edição Estampa de 1994
Tradução de Manuel Ruas
Por quê, então, um novo domínio da história, o do imaginário? Em primeiro lugar, porque cada vez mais os historiadores se apercebem de que tudo na vida dos homens e das sociedades está também na história e necessita de um tratamento histórico. A própria natureza entra no terreno do historiador.
Mas nós sabemos cada vez melhor, com a psicanálise, com a socio- logia, com a antropologia, com a reflexão sobre os meios de comunicação social, que a vida, quer do homem quer das sociedades, está tão ligada a imagens como a realidades mais palpáveis. Essas imagens não se restringem às que se configuram na produção iconográfica e artística: englobam também o universo das imagens mentais. E, se é verdade não haver pensamento sem imagem, tão-pouco deveremos deixar-nos afogar no oceano de um psiquismo sem limites. As imagens que interessam ao historiador são imagens colectivas, amassadas pelas vicissitudes da história, e formam-se, modificam-se, transformam-se. Exprimem-se em palavras e em temas. São-nos legadas pelas tradições, passam de uma civilização a outra, circulam no mundo diacrónico das classes e das sociedades humanas. E pertencem também à história social sem que, no entanto, nela fiquem encerradas. O imaginário alimenta o homem e fá-lo agir. É um fenómeno colectivo, social e histórico. Uma história sem o imaginário é uma história mutilada e descarnada.
Jacques Le Goff
ID: 655378507
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Publicado 22 de maio de 2024
Jacques Le Goff - O Imaginário Medieval
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