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Jakob Lenz - O Novo Menoza ou História do Príncipe Tandi de Cumba
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Descrição

Jakob Lenz - O Novo Menoza ou História do Príncipe Tandi de Cumba
Edição Cotovia de 2001
Tradução de José Miranda Justo
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"O NOVO MENOZA anuncia-se como uma comédia. E é verdade que reconhecemos no texto de Lenz, tradutor de Plauto, os lugares comuns da Comédia Nova, os irmãos trocados, o amor do jovem impedido pelo pai, o desejo individual impedido pelas regras sociais, até uma reconciliação final. Nela, como na Comédia Nova, a estrutura familiar é a base da sociedade e o universo de toda a intriga. Mas, ao contrário [...] das comédias de Plauto [...] pouco nos faz rir esta comédia. E não é, de facto, no riso que Lenz afirma encontrar a verdadeira natureza da comédia. Para ele a comédia é acima de tudo um espectáculo para toda agente e uma pintura da sociedade humana. Conforme o estado dessa sociedade, assim fará rir ou não. [...]

O NOVO MENOZA parece-se com uma comédia romanesca. Conta uma história, aliás particularmente complexa e inverosímil para quem afirma querer pintar a sociedade humana [...] [que ]se parece com certeza mais com o teatro da antiguidade ou com as histórias míticas que com a vida quotidiana da Saxónia em finais do século XVIII. São histórias que herdámos e que a nossa Civilização foi passando de geração em geração. Personagens como von Zopf (afinal um mensageiro) ou a ama Babette (decalcada das confidentes) que trazem peripécias dramáticas capazes de fazer virar a intriga, por muito fantasiosamente adaptados que sejam a uma realidade contemporânea do autor, vêm acima de tudo dos esquemas dramáticos do teatro clássico. E a própria sequência narrativa é demasiado desequilibrada e confusa para que a intenção de Lenz fosse acima de tudo contar uma história. Reporta-nos para a nossa memória cultural, mas o que parece organizar a peça não é de todo uma lógica narrativa. A duração, natureza e complexidade das cenas é a mais diversa. [...]
No entanto as cenas sucedem-se, todas momentos à sua maneira explosivos, e, à margem ou subterrânea à progressão da intriga, sentimos uma secreta e profunda coerência. Mais do que a sociedade da Saxónia do século XVIII, temos a noção de estar em cena uma sociedade humana que conhecemos, uma civilização inteira, a civilização ocidental, a Europa. O que parece organizar a peça e que hoje ainda nos interessa é uma lógica temática que reconhecemos como nossa.
[...]
Esta peça e este espectáculo falam de facto de histórias, mas essas histórias macabras são um estranho bailarico que é afinal uma imagem do estado do nosso mundo civilizado que não sabe já o que é amar, que não sabe já o que é agir. Mas o nosso pobre príncipe, a braços com a paixão, ainda diz: “O desfrute e o amor são a única felicidade do mundo, só que tem que ser o nosso estado interior a dar-lhes afinação.” E conclui o desgraçado: “quando formos de ouro, então também poderemos fazer as pazes com os tempos de bronze e de chumbo”. Pobre homem. Que ainda põe questões morais."

Luis Miguel Cintra
ID: 621127948

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João

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Esteve online dia 27 de maio de 2024

Publicado 12 de maio de 2024

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