Particular
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Descrição
FAIANÇA DE ALCOBAÇA - Decoração em formato de flor com bordo recortado, apresentando na base a escultura de 3 garças, pintado à mão
Dim: 32 cm de altura. Marcado na base: Vestal
Muitíssimo rara. A peça apresenta uma ínfima falha na base, restaurada.
Entrego em mão no Continente da Amador, ou no Metro Amadora Este. Também envio por correio registado (10 euros)
“A “Vestal” – ou “Vistal”, como também era denominada nos seus primeiros anos – foi fundada em Fevereiro de 1947 por António Branco, Joaquim Batista Branco, Veríssimo de Almeida e Acácio Bizarro.
A sua primeira fornada teve lugar em 11 de Julho do mesmo ano. Nessa data, eram pintores Leopoldo Machado, Noel Costa, Augusto Moreira, Joaquim Dias Marques e Mário Silva; Carlos Fernandes era oleiro rodista; Acácio Bizarro, o forneiro; Veríssimo de Almeida era fornista; o quador de barro era Manuel Clementino; eram aprendizes José Coelho e António Amado – onze pessoas, no início.
A sua produção destinava-se essencialmente ao mercado local e Lisboa. Entretanto, em 1948, a quota de Joaquim Batista Branco foi comprada por António Henriques Real. Uma vez que o novo sócio possuía já uma empresa de distribuição sediada na capital, a “Vestal” atingiu assim novos horizontes. Com efeito, após a I Feira das Indústrias, a fábrica projectou-se no mercado externo, tendo sido a Grã-Bretanha o primeiro foco. Até 1960, a “Vestal” desenvolveu-se atingindo cerca de cento e cinquenta funcionários.
As matérias primas utilizadas eram o barro dos Capuchos, chumbo proveniente da sucata, estanho de Belmonte e tintas importadas de Inglaterra e da Alemanha. A sua produção consistia em pratos de parede, jarras, fruteiras, bengaleiros, castiçais, galheteiros, entre outras variadíssimas peças. Além das decorações populares características desta louça, em que as flores são elemento dominante, a “Vestal” introduziu também temas históricos, pintados em talhas e pratos – desde efemérides como a Restauração de 1640 ou a Tomada de Lisboa aos Mouros. Outros motivos de sabor erudito figuram em algumas peças de faiança daquela fábrica: sonetos de Camões, poemas de Guerra Junqueiro e João de Deus, figuras como Vasco da Gama, António de Oliveira Salazar ou Chopin, foram retratados, tal como alguns pintores e seus quadros – Goya, Da Vinci. Também a visita da Rainha Isabel II de Inglaterra a Alcobaça, em 20 de Fevereiro de 1957 levou à elaboração de uma interessante talha. Todos estes motivos foram introduzidos por um funcionário que foi admitido na empresa em 1952 – Hélder Lopes – que veio a tornar-se sócio da “Vestal” em 1962.
Pela “Vestal” passaram destacados pintores, além dos que estavam na data da fundação: Almeida Ribeiro, António José, Luís Cipriano da Silva, Luís Ferreira da Silva e Joaquim Pereira Assunção (conhecido por Marcos).
Tal como a “Olaria de Alcobaça”, também a “Vestal” fez imitações da louça antiga do Juncal, bem como dos pratos conhecidos por “aranhões”. Nos dias de hoje ainda a “Vestal” continua a fabricar a louça típica de Alcobaça. No entanto, em 1968, os seus antigos fornos artesanais foram substituídos por outros eléctricos, que mecanizaram e aumentaram a produção – mas que tiraram de vez a cor genuína da louça regional.”
in “Cerâmica de Alcobaça, Duas Gerações”, 1992, ed. Museu de Alcobaça
Dim: 32 cm de altura. Marcado na base: Vestal
Muitíssimo rara. A peça apresenta uma ínfima falha na base, restaurada.
Entrego em mão no Continente da Amador, ou no Metro Amadora Este. Também envio por correio registado (10 euros)
“A “Vestal” – ou “Vistal”, como também era denominada nos seus primeiros anos – foi fundada em Fevereiro de 1947 por António Branco, Joaquim Batista Branco, Veríssimo de Almeida e Acácio Bizarro.
A sua primeira fornada teve lugar em 11 de Julho do mesmo ano. Nessa data, eram pintores Leopoldo Machado, Noel Costa, Augusto Moreira, Joaquim Dias Marques e Mário Silva; Carlos Fernandes era oleiro rodista; Acácio Bizarro, o forneiro; Veríssimo de Almeida era fornista; o quador de barro era Manuel Clementino; eram aprendizes José Coelho e António Amado – onze pessoas, no início.
A sua produção destinava-se essencialmente ao mercado local e Lisboa. Entretanto, em 1948, a quota de Joaquim Batista Branco foi comprada por António Henriques Real. Uma vez que o novo sócio possuía já uma empresa de distribuição sediada na capital, a “Vestal” atingiu assim novos horizontes. Com efeito, após a I Feira das Indústrias, a fábrica projectou-se no mercado externo, tendo sido a Grã-Bretanha o primeiro foco. Até 1960, a “Vestal” desenvolveu-se atingindo cerca de cento e cinquenta funcionários.
As matérias primas utilizadas eram o barro dos Capuchos, chumbo proveniente da sucata, estanho de Belmonte e tintas importadas de Inglaterra e da Alemanha. A sua produção consistia em pratos de parede, jarras, fruteiras, bengaleiros, castiçais, galheteiros, entre outras variadíssimas peças. Além das decorações populares características desta louça, em que as flores são elemento dominante, a “Vestal” introduziu também temas históricos, pintados em talhas e pratos – desde efemérides como a Restauração de 1640 ou a Tomada de Lisboa aos Mouros. Outros motivos de sabor erudito figuram em algumas peças de faiança daquela fábrica: sonetos de Camões, poemas de Guerra Junqueiro e João de Deus, figuras como Vasco da Gama, António de Oliveira Salazar ou Chopin, foram retratados, tal como alguns pintores e seus quadros – Goya, Da Vinci. Também a visita da Rainha Isabel II de Inglaterra a Alcobaça, em 20 de Fevereiro de 1957 levou à elaboração de uma interessante talha. Todos estes motivos foram introduzidos por um funcionário que foi admitido na empresa em 1952 – Hélder Lopes – que veio a tornar-se sócio da “Vestal” em 1962.
Pela “Vestal” passaram destacados pintores, além dos que estavam na data da fundação: Almeida Ribeiro, António José, Luís Cipriano da Silva, Luís Ferreira da Silva e Joaquim Pereira Assunção (conhecido por Marcos).
Tal como a “Olaria de Alcobaça”, também a “Vestal” fez imitações da louça antiga do Juncal, bem como dos pratos conhecidos por “aranhões”. Nos dias de hoje ainda a “Vestal” continua a fabricar a louça típica de Alcobaça. No entanto, em 1968, os seus antigos fornos artesanais foram substituídos por outros eléctricos, que mecanizaram e aumentaram a produção – mas que tiraram de vez a cor genuína da louça regional.”
in “Cerâmica de Alcobaça, Duas Gerações”, 1992, ed. Museu de Alcobaça
ID: 637884931
Publicado 30 de setembro de 2025
Jarrão em faiança de Alcobaça Vestal rara
65 €
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