"Kaddish Para Uma Criança Que Não Vai Nascer"
de Imre Kertész - Prémio Nobel de 2002

1ª Edição de 2004
Editorial Presença
Coleção Grandes Narrativas
108 Páginas

Imre Kertész, a quem foi atribuído o Prémio Nobel da Literatura de 2002, é o autor desta obra, de uma grande densidade emocional. Juntamente com Sem Destino e A Recusa, este volume encerra uma trilogia escrita em função da experiência do próprio autor durante a Segunda Guerra e a sua passagem, na adolescência, pelos campos de Auschwitz e Buchenwald. O protagonista daqueles dois volumes, György Köves, reaparece proferindo a sua oração fúnebre judaica para um filho que ele se recusa a trazer a um mundo onde foi possível acontecer o Holocausto. Num monólogo, o protagonista conta-se a si próprio, à sua (ex-)esposa, e a nós leitores. Mas, como um quadro expressionista, este monólogo é rasgado por um tremendo grito...

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PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA 2002

Imre Kertész nasceu a 9 de Novembro de 1929, em Budapeste. Descendente de uma família judaica, foi deportado em 1944 para Auschwitz e Buchenwald, sendo libertado em 1945 pelas tropas norte-americanas e regressando como único sobrevivente de uma família inteira dizimada pelos nazis.
De volta a Budapeste trabalhou de 1948 a 1951 como jornalista na publicação Világosság, do qual foi despedido quando o jornal passou a órgão do Partido Comunista Húngaro.
Após ter cumprido serviço militar durante dois anos dedicou-se à escrita e à tradução para húngaro de autores alemães como Nietzsche, Hofmannsthal, Schnitzler, Freud e Wittgenstein, entre outros, o que influenciou fortemente a sua escrita. Escreveu ainda musicais e teatro de diversão.Durante cerca de 10 anos trabalhou no livro, Sem Destino, o seu primeiro romance.
Da sua prestigiosa carreira literária fazem parte inúmeros prémios entre os quais se destacam o Brandenburger Literaturpreis em 1995, o Leipziger Buchpreis zur Europäischen Verständigung em 1997, o Herder-Preis e o Welt-Literaturpreis em 2000, o Ehrenpreis der Robert-Bosch-Stifung em 2001, o Hans Sahl-Preis em 2002 e o Prémio Nobel da Literatura 2002.
Morreu em março de 2016.

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