Particular
Tipo: Pintura
Descrição
Livro/Catálogo "Em Viagem com Dordio Gomes"
Exposição: Casa Tait (Porto), 3 de Junho a 15 de Agosto de 2000
Organização: Câmara Municipal do Porto,
Departamento de Museus e Património Cultural
Coordenação: Maria João Vasconcelos
Texto: Laura Castro
Encadernação: Capa dura
Páginas:
Dordio Gomes (Arraiolos, 26 de julho de 1890 - Porto, 12 de julho de 1976) foi um pintor modernista português.
Estudou na Academia Real de Belas Artes, onde foi aluno de Luciano Freire e Veloso Salgado, tendo-se formado em Pintura Histórica em 1910. Nesse ano parte para Paris, como bolseiro, frequentando a Academia Julian e as aulas de Jean-Paul Laurens.
Regressa a Paris em 1921 para uma permanência de 5 anos; frequenta a Escola Nacional de Belas Artes de Paris e o ateliê de Ferdinand Cormon. Participa no Salon d’Automne de 1922 em Paris. Viaja pela Bélgica, Suíça, Holanda e faz uma estadia de 8 meses em Itália, onde o conhecimento da obra dos grandes mestres lhe desperta o interesse pela pintura a fresco (importante para o entendimento da sua obra final). A pintura de Dordio altera-se através do contacto com as novas correntes internacionais.
Em conjunto com Henrique Franco, Alfredo Miguéis, Francisco Franco e Diogo de Macedo, organiza e participa na exposição Cinco Independentes, 1923, (SNBA), em que também participam, como convidados Mily Possoz, Eduardo Viana e Almada Negreiros, que se tornará num marco importante na afirmação do modernismo na década de 1920.
Em 1933 fixa-se no Porto. A partir de 1934 e até à data da sua reforma, em 1960, leciona na Escola de Belas-Artes do Porto. De "ardente e comovedora simpatia"[3], afável e apaixonado pela arte e pelo ensino, irá realizar "uma notável obra docente, promovendo uma geração de pintores que se distinguiu nos anos 40 e 50".
Tem colaboração artística em diversas publicações periódicas entre as quais a II série da revista Alma nova e a Contemporânea.
Embora tenha sido aluno de Luciano Freire e Veloso Salgado, o seu trabalho inicial está marcado pela influência do naturalismo de Malhoa mas, mais ainda, pela obra exemplar de Columbano, "o que levou os primeiros críticos a considerá-lo aluno deste grande mestre".
Ao longo da segunda permanência em Paris a sua pintura sofre um redirecionamento. Não são muitas as obras realizadas nestes 5 anos, "cerca de três dezenas de quadros, dos quais apenas uma escassa dúzia são nossos conhecidos", mas a mudança é profunda: "são obras laboriosas, por vezes massacradas", intensas, onde se aproxima de valores cubistas e expressionistas. Mas o efeito de longo prazo dessa estadia prende-se acima de tudo com a assimilação das descobertas de Cézanne.
Após o regresso a Arraiolos, em 1926, Dordio começa "uma nova fase da sua pintura"; pinta paisagens do Alentejo, sobreiros e cavalos.
A mudança para o Porto em 1933 traduz-se numa alteração das suas opções cromáticas, e a luminosidade viva e quente das terras alentejanas cede o lugar a uma paleta de valores mais ténues e envolventes.
Nas décadas finais, trabalha uma enorme diversidade de temas, dos retratos de família às paisagens e gentes do norte ou do Alentejo, que continua a visitar periodicamente, com resultados irregulares, alternando pinturas de grande solidez e obras de cariz mais convencional, quase sempre encomendas realizadas com a técnica do fresco.
Em óptimo estado.
Entrego em mão na zona do Campo 24 de Agosto.
Acresce portes.
Exposição: Casa Tait (Porto), 3 de Junho a 15 de Agosto de 2000
Organização: Câmara Municipal do Porto,
Departamento de Museus e Património Cultural
Coordenação: Maria João Vasconcelos
Texto: Laura Castro
Encadernação: Capa dura
Páginas:
Dordio Gomes (Arraiolos, 26 de julho de 1890 - Porto, 12 de julho de 1976) foi um pintor modernista português.
Estudou na Academia Real de Belas Artes, onde foi aluno de Luciano Freire e Veloso Salgado, tendo-se formado em Pintura Histórica em 1910. Nesse ano parte para Paris, como bolseiro, frequentando a Academia Julian e as aulas de Jean-Paul Laurens.
Regressa a Paris em 1921 para uma permanência de 5 anos; frequenta a Escola Nacional de Belas Artes de Paris e o ateliê de Ferdinand Cormon. Participa no Salon d’Automne de 1922 em Paris. Viaja pela Bélgica, Suíça, Holanda e faz uma estadia de 8 meses em Itália, onde o conhecimento da obra dos grandes mestres lhe desperta o interesse pela pintura a fresco (importante para o entendimento da sua obra final). A pintura de Dordio altera-se através do contacto com as novas correntes internacionais.
Em conjunto com Henrique Franco, Alfredo Miguéis, Francisco Franco e Diogo de Macedo, organiza e participa na exposição Cinco Independentes, 1923, (SNBA), em que também participam, como convidados Mily Possoz, Eduardo Viana e Almada Negreiros, que se tornará num marco importante na afirmação do modernismo na década de 1920.
Em 1933 fixa-se no Porto. A partir de 1934 e até à data da sua reforma, em 1960, leciona na Escola de Belas-Artes do Porto. De "ardente e comovedora simpatia"[3], afável e apaixonado pela arte e pelo ensino, irá realizar "uma notável obra docente, promovendo uma geração de pintores que se distinguiu nos anos 40 e 50".
Tem colaboração artística em diversas publicações periódicas entre as quais a II série da revista Alma nova e a Contemporânea.
Embora tenha sido aluno de Luciano Freire e Veloso Salgado, o seu trabalho inicial está marcado pela influência do naturalismo de Malhoa mas, mais ainda, pela obra exemplar de Columbano, "o que levou os primeiros críticos a considerá-lo aluno deste grande mestre".
Ao longo da segunda permanência em Paris a sua pintura sofre um redirecionamento. Não são muitas as obras realizadas nestes 5 anos, "cerca de três dezenas de quadros, dos quais apenas uma escassa dúzia são nossos conhecidos", mas a mudança é profunda: "são obras laboriosas, por vezes massacradas", intensas, onde se aproxima de valores cubistas e expressionistas. Mas o efeito de longo prazo dessa estadia prende-se acima de tudo com a assimilação das descobertas de Cézanne.
Após o regresso a Arraiolos, em 1926, Dordio começa "uma nova fase da sua pintura"; pinta paisagens do Alentejo, sobreiros e cavalos.
A mudança para o Porto em 1933 traduz-se numa alteração das suas opções cromáticas, e a luminosidade viva e quente das terras alentejanas cede o lugar a uma paleta de valores mais ténues e envolventes.
Nas décadas finais, trabalha uma enorme diversidade de temas, dos retratos de família às paisagens e gentes do norte ou do Alentejo, que continua a visitar periodicamente, com resultados irregulares, alternando pinturas de grande solidez e obras de cariz mais convencional, quase sempre encomendas realizadas com a técnica do fresco.
Em óptimo estado.
Entrego em mão na zona do Campo 24 de Agosto.
Acresce portes.
ID: 663310373
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Publicado 30 de julho de 2025
Livro/Catálogo "Em Viagem com Dordio Gomes"
8 €
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