Os ministros e secretários de Estado em Portugal ganham menos de 6000 euros mensais. Mas depois de saírem do Governo, muitos passam para empresas tuteladas pelo Estado onde os salários duplicam, triplicam, quadruplicam... Essa transferência milionária dos políticos para a esfera empresarial é legal face a um quadro legislativo permissivo. Mas será eticamente correcta? A passagem pelo Governo, em demasiados casos, não será apenas um trampolim para a riqueza? Como os Políticos Enriquecem em Portugal dá-nos a conhecer uma amostra representativa. Desde 1995, os rendimentos da classe podem ser consultados no Tribunal Constitucional, e há casos em que os aumentos rondaram os 3000 por cento - o que equivale a, por exemplo, ganhar cerca de 22000 € anuais antes de entrar no Governo e perto de 700000 € anuais depois de sair. Num trabalho de enorme rigor, António Sérgio Azenha dá-nos a conhecer o percurso de 15 casos emblemáticos. Com todos os factos, números, percursos profissionais - que afinal parecem ser apenas um, tal a perturbante semelhança entre eles.

Livro da autoria do jornalista António Sérgio Azenha e com prefácio de Henrique Neto, notável empresário, antigo deputado à Assembleia da República e candidato a Presidente da República em 2016, relata a história de casos de 15 ex-governantes que multiplicaram os rendimentos depois de saírem do Governo, com saídas para o mundo empresarial de companhias anteriormente tuteladas pelo Estado. Nestes casos encontram-se nomes conhecidos como os de Pina Moura, Jorge Coelho, Dias Loureiro, Ferreira do Amaral, António Mexia, Fernando Gomes, entre outros. Em bom estado. 1ª edição (Outubro 2011). Editora Lua de Papel.