Particular
Tipo: Portugal
Descrição
Livro “Escritos políticos” Mário Soares – 1º Edição 1969
Trata-se da invulgar primeira edição, apreendida e proibida pela PIDE.
Mínimas marcas de manuseamento.
Exemplar em bom estado de conservação.
Tip. do “Jornal do Fundão”
Capa mole
Dimensão: 12 x 19 cm
Páginas; 242
Edição de Autor
Idioma: português
Coletânea de artigos, entrevistas e documentos vários da autoria de Mário Soares, posteriores a 1965, onde são feitas críticas à situação política do país e se apontam caminhos para a democratização do Regime.
Publicada antes da mudança política verificada em Portugal, coligiram-se nesta obra "escritos circunstanciais, em resposta a acontecimentos ou a solicitações de momento, numa linha de intervenção e de inserção nacional que não tem sido nada fácil nem, muito menos ainda, cómoda. Em alguns, deparar-se-ão omissões intencionais, circunlóquios e porventura até certas obscuridades - dado que foram preparados para publicação imediata e houve que contar com a censura, a qual nem por isso deixou de exercer a sua implacável acção cerceadora".
Quando Mário Soares publica estes Escritos Políticos em «Edição de Autor», encontrava-se preso sem julgamento em São Tomé. Foi preso, aliás, 12 vezes, até acabar por partir para o exílio em França, no ano seguinte.
'ESCRITOS POLÍTICOS', editado clandestinamente pelo diretor do Jornal do Fundão António Paulouro, como edição do autor, em 1969, no tempo da chamada primavera Caetanista. Apesar disso, foi apreendido pela censura e teve quatro edições, sucessivas, as duas últimas com a chancela da Editorial Inquérito.
Da contra-capa:
Personalidade de destaque na vida pública portuguesa, o dr. Mário Soares nasceu em Lisboa em 7 de Dezembro de 1924; a sua fibra de lutador, apurou-se-lhe na infância, quando seu pai, o Prof. João Soares, deputado, governador civil e ministro da República, conhecia a prisão, o exílio, a clandestinidade e a deportação.
Licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas, na Faculdade de Letras de Lisboa; e depois na Faculdade de Direito, abrindo escritório de advogado. Os grandes julgamentos políticos dos últimos anos, no Tribunal Plenário ou nos Tribunais Militares, têm contado sempre com ele: 11 de Março, caso dos militares da Guiné, crise académica de 1962, caso de Beja, FAP, aderentes do MPLA, e de muitos militantes do Partido Comunista, entre eles Octávio Pato. Como advogado ainda tomou a peito conseguir justiça no caso do assassinato do General Humberto Delgado, representando a família do antigo candidato à Presidência, tendo-se deslocado à Espanha e a Itália, para o efeito. É também advogado no caso do assalto ao Banco de Portugal na Figueira da Foz, defendendo, entre outros, Hermínio da Palma Inácio.
Como advogado, interveio ainda em muitos processos civis e comerciais; e é membro da Comissão de Relações Internacionais da Ordem dos Advogados, tendo participado em congressos da União Internacional dos Advogados.
A vida política de Mário Soares tem sido intensa. Ainda estudante de Letras, foi um dos fundadores do MUD Juvenil, em 1946. E como representante da juventude do MUD pertenceu à Comissão Central, de 1946 a 1948.
Raul Rego
Do ÍNDICE:
- Prefácio
- Tributo de homenagem:
Em exemplo;
Um mestre de civismo
- No centenário de Fernão Boto Machado
- Nos quarenta anos do regime
- Oposição e governo em Portugal
- Depoimento indirecto
- Uma entrevista que não foi publicada
- O 31 de Janeiro
- Notas esparsas sobre a actualidade política nacional
- Breve comentário a uma 'Conversa em família'
- A Constituição de 1933 e a evolução democrática do País
- APÊNDICE:
A NAÇÃO (Dezembro de 1968)
AOS PAIS (Maio de 1969)
Sinopse
Coligiram-se, no volume que ora se apresenta, escritos políticos diversos, de vária índole, intenção e oportunidade. Os mais recuados no tempo situam-se por volta de fins de 1965 (depois da última campanha eleitoral) e os mais recentes são do ano em curso, por assim dizer preparatórios da campanha que se avizinha.
Trata-se, em todos os casos, de escritos circunstanciais, elaborados sem qualquer pretensão, em resposta a acontecimentos ou a solicitações de momento, numa linha de intervenção e de inserção nacional que não tem sido nada fácil nem, muito menos ainda, cómoda. Em alguns, deparar-se-ão omissões intencionais, circunlóquios e porventura até certas obscuridades – dado que foram preparados para publicação imediata e houve que contar com a censura, a qual nem por isso deixou de exercer a sua implacável acção cerceadora. in Prefácio
Em 1966, Mário Soares escrevia ao Presidente da República: “ Não será decerto, novidade para V. Exª, dizer que quarenta anos de Estado Novo trouxeram ao país o mais baixo nível de vida da Europa.” Foi em 1969 que Escritos Políticos, de Mário Soares, chegou ao gabinete dos Serviços de Censura e logo foi censurado. “Não se trata de matéria política de propaganda eleitoral, mas sim de um ataque ao Governo e às bases orgânico-políticas do actual sistema político-social. Tratando-se pois, como se trata, de uma obra de puro ataque político mal-intencionado e inoportuníssimo, parece-me preferível proibir a sua circulação”, decidiu o encarregado na altura.
Entrega em mão na área de Oeiras ou Torres Vedras.
Pagamento no ato da entrega, em numerário ou MBway.
Envio por via postal regular, apenas após pagamento confirmado via MBway do artigo e do valor dos respetivos portes.
Trata-se da invulgar primeira edição, apreendida e proibida pela PIDE.
Mínimas marcas de manuseamento.
Exemplar em bom estado de conservação.
Tip. do “Jornal do Fundão”
Capa mole
Dimensão: 12 x 19 cm
Páginas; 242
Edição de Autor
Idioma: português
Coletânea de artigos, entrevistas e documentos vários da autoria de Mário Soares, posteriores a 1965, onde são feitas críticas à situação política do país e se apontam caminhos para a democratização do Regime.
Publicada antes da mudança política verificada em Portugal, coligiram-se nesta obra "escritos circunstanciais, em resposta a acontecimentos ou a solicitações de momento, numa linha de intervenção e de inserção nacional que não tem sido nada fácil nem, muito menos ainda, cómoda. Em alguns, deparar-se-ão omissões intencionais, circunlóquios e porventura até certas obscuridades - dado que foram preparados para publicação imediata e houve que contar com a censura, a qual nem por isso deixou de exercer a sua implacável acção cerceadora".
Quando Mário Soares publica estes Escritos Políticos em «Edição de Autor», encontrava-se preso sem julgamento em São Tomé. Foi preso, aliás, 12 vezes, até acabar por partir para o exílio em França, no ano seguinte.
'ESCRITOS POLÍTICOS', editado clandestinamente pelo diretor do Jornal do Fundão António Paulouro, como edição do autor, em 1969, no tempo da chamada primavera Caetanista. Apesar disso, foi apreendido pela censura e teve quatro edições, sucessivas, as duas últimas com a chancela da Editorial Inquérito.
Da contra-capa:
Personalidade de destaque na vida pública portuguesa, o dr. Mário Soares nasceu em Lisboa em 7 de Dezembro de 1924; a sua fibra de lutador, apurou-se-lhe na infância, quando seu pai, o Prof. João Soares, deputado, governador civil e ministro da República, conhecia a prisão, o exílio, a clandestinidade e a deportação.
Licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas, na Faculdade de Letras de Lisboa; e depois na Faculdade de Direito, abrindo escritório de advogado. Os grandes julgamentos políticos dos últimos anos, no Tribunal Plenário ou nos Tribunais Militares, têm contado sempre com ele: 11 de Março, caso dos militares da Guiné, crise académica de 1962, caso de Beja, FAP, aderentes do MPLA, e de muitos militantes do Partido Comunista, entre eles Octávio Pato. Como advogado ainda tomou a peito conseguir justiça no caso do assassinato do General Humberto Delgado, representando a família do antigo candidato à Presidência, tendo-se deslocado à Espanha e a Itália, para o efeito. É também advogado no caso do assalto ao Banco de Portugal na Figueira da Foz, defendendo, entre outros, Hermínio da Palma Inácio.
Como advogado, interveio ainda em muitos processos civis e comerciais; e é membro da Comissão de Relações Internacionais da Ordem dos Advogados, tendo participado em congressos da União Internacional dos Advogados.
A vida política de Mário Soares tem sido intensa. Ainda estudante de Letras, foi um dos fundadores do MUD Juvenil, em 1946. E como representante da juventude do MUD pertenceu à Comissão Central, de 1946 a 1948.
Raul Rego
Do ÍNDICE:
- Prefácio
- Tributo de homenagem:
Em exemplo;
Um mestre de civismo
- No centenário de Fernão Boto Machado
- Nos quarenta anos do regime
- Oposição e governo em Portugal
- Depoimento indirecto
- Uma entrevista que não foi publicada
- O 31 de Janeiro
- Notas esparsas sobre a actualidade política nacional
- Breve comentário a uma 'Conversa em família'
- A Constituição de 1933 e a evolução democrática do País
- APÊNDICE:
A NAÇÃO (Dezembro de 1968)
AOS PAIS (Maio de 1969)
Sinopse
Coligiram-se, no volume que ora se apresenta, escritos políticos diversos, de vária índole, intenção e oportunidade. Os mais recuados no tempo situam-se por volta de fins de 1965 (depois da última campanha eleitoral) e os mais recentes são do ano em curso, por assim dizer preparatórios da campanha que se avizinha.
Trata-se, em todos os casos, de escritos circunstanciais, elaborados sem qualquer pretensão, em resposta a acontecimentos ou a solicitações de momento, numa linha de intervenção e de inserção nacional que não tem sido nada fácil nem, muito menos ainda, cómoda. Em alguns, deparar-se-ão omissões intencionais, circunlóquios e porventura até certas obscuridades – dado que foram preparados para publicação imediata e houve que contar com a censura, a qual nem por isso deixou de exercer a sua implacável acção cerceadora. in Prefácio
Em 1966, Mário Soares escrevia ao Presidente da República: “ Não será decerto, novidade para V. Exª, dizer que quarenta anos de Estado Novo trouxeram ao país o mais baixo nível de vida da Europa.” Foi em 1969 que Escritos Políticos, de Mário Soares, chegou ao gabinete dos Serviços de Censura e logo foi censurado. “Não se trata de matéria política de propaganda eleitoral, mas sim de um ataque ao Governo e às bases orgânico-políticas do actual sistema político-social. Tratando-se pois, como se trata, de uma obra de puro ataque político mal-intencionado e inoportuníssimo, parece-me preferível proibir a sua circulação”, decidiu o encarregado na altura.
Entrega em mão na área de Oeiras ou Torres Vedras.
Pagamento no ato da entrega, em numerário ou MBway.
Envio por via postal regular, apenas após pagamento confirmado via MBway do artigo e do valor dos respetivos portes.
ID: 661491425
Publicado 11 de novembro de 2025
Livro “Escritos políticos” Mário Soares – 1º Edição 1969
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