Em 1980, misteriosos desenhos a giz de figuras simples começaram a aparecer em espaços publicitários não utilizados nas estações de metrô de Nova York. Combinando o apelo dos desenhos animados da Disney com o primitivismo sofisticado de artistas como Jean Dubuffet, estas obras de arte underground eram ousadas, bem-humoradas, acessíveis, subversivas - e obra de um homem - Keith Haring. Durante a década seguinte, Haring criou um corpo de trabalho que capturaria a energia e a excitação da ousada cultura de rua de Nova Iorque - e transmutaria o punk, a new wave, o hip-hop, o graffiti e o break dancing numa iconografia pop instantaneamente reconhecível. Ele frequentemente evitava a cena das galerias, preferindo dirigir-se diretamente às pessoas através de desenhos e pinturas em espaços públicos e com itens produzidos em massa baseados em seus projetos. Quando morreu de AIDS, em 1990, ele havia se tornado o artista mais célebre de Nova York desde Andy Warhol.