Profissional
Tipo: Poesia
Descrição
Manoel de Barros - Arranjos Para Assobio
Edição Civilização Brasileira de 1982
Primeira edição de um dos primeiros livros publicados pelo poeta brasileiro Manoel de Barros, verdadeiro mágico das palavras, que, apesar de se ter estreado ainda na década de 1930, com o livro Poemas Concebidos Sem Pecado (1937), permaneceu quase ignorado por largos anos, sendo descoberto e consagrado pela crítica e pelo grande público, somente no final da década de 1980, passando então a ser considerado, quase de forma unânime, um dos maiores nomes da poesia de língua portuguesa.
Em Arranjos para assobio, Manoel de Barros demarca com clareza seu terreno no mundo poético ao criar uma singular e incontornável geopolítica da língua. É o assobio, e não a música ou a canção, que sua poesia deseja sonoramente alcançar. Pois se há canto neste poeta, ele “reboja”, e sua voz se quer “úmida como restos de comida”. São muitas as ramificações do poético neste breve - porém incessante e inesgotável - volume, em que as frases (ou aforismos) se sucedem, “formando riachos, mais tarde rios”, no belo dizer de Luiz Ruffato. Manoel de Barros radicaliza o desejo de uma poética do baixo, da matéria, do abjeto: será do entulho do mundo e do miasma do pântano que brotará a palavra poética como aproximação corporal de um sentido telúrico. É neste livro que encontramos a célebre definição de Manoel de Barros da poesia como “inutensílio”. O território de sua criação se contrapõe a tudo que é útil, funcional ou calculado. Aqui, o discurso poético se revela alheio à lucidez da razão, pois é no “desfazimento” metódico do entendimento que a palavra poética cumpre seu papel.
Edição Civilização Brasileira de 1982
Primeira edição de um dos primeiros livros publicados pelo poeta brasileiro Manoel de Barros, verdadeiro mágico das palavras, que, apesar de se ter estreado ainda na década de 1930, com o livro Poemas Concebidos Sem Pecado (1937), permaneceu quase ignorado por largos anos, sendo descoberto e consagrado pela crítica e pelo grande público, somente no final da década de 1980, passando então a ser considerado, quase de forma unânime, um dos maiores nomes da poesia de língua portuguesa.
Em Arranjos para assobio, Manoel de Barros demarca com clareza seu terreno no mundo poético ao criar uma singular e incontornável geopolítica da língua. É o assobio, e não a música ou a canção, que sua poesia deseja sonoramente alcançar. Pois se há canto neste poeta, ele “reboja”, e sua voz se quer “úmida como restos de comida”. São muitas as ramificações do poético neste breve - porém incessante e inesgotável - volume, em que as frases (ou aforismos) se sucedem, “formando riachos, mais tarde rios”, no belo dizer de Luiz Ruffato. Manoel de Barros radicaliza o desejo de uma poética do baixo, da matéria, do abjeto: será do entulho do mundo e do miasma do pântano que brotará a palavra poética como aproximação corporal de um sentido telúrico. É neste livro que encontramos a célebre definição de Manoel de Barros da poesia como “inutensílio”. O território de sua criação se contrapõe a tudo que é útil, funcional ou calculado. Aqui, o discurso poético se revela alheio à lucidez da razão, pois é no “desfazimento” metódico do entendimento que a palavra poética cumpre seu papel.
ID: 640042101
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Publicado 12 de maio de 2024
Manoel de Barros - Arranjos Para Assobio
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