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MASCULINO E FEMININO
A construção social da diferença
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Descrição

MASCULINO E FEMININO
A construção social da diferença
de Lígia Barros Amâncio

Editor: Edições Afrontamento -1994
Dimensões:163 x 234 x 12 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas:204
Peso 344
INI8000E
Coleção: Saber Imaginar o Social
Classificação temática: > História > Etnografia

EXEMPLAR COMO NOVO
PREÇO:8.00€
PORTES DE ENVIO INCLUÍDOS, em Correio Normal/Editorial, válido enquanto esta modalidade for acessível a particulares.
Envio em Correio Registado acresce a taxa em vigor.

O livro apresenta uma análise da construção social das diferenças entre os sexos, orientada pela hipótese da assimetria simbólica, que articula dois planos de observação - o do pensamento social sobre o masculino e o feminino e o do comportamento de homens e mulheres - e dois modelos da psicologia social, o das representações sociais e da identidade social.
Lígia Amâncio é licenciada em Psicologia e Ciências da Educação pela Universidade de Paris VIII e doutorada em Sociologia pelo ISCTE. É docente no ISCTE e uma referência incontornável dos estudos de género e do feminismo em Portugal.

PREFÁCIO

A ideia de que a diferença biológica entre os sexos implica diferenças psicológicas entre os géneros foi considerada, durante muito tempo, uma evidência, mesmo nas ciências sociais e por autores tão importantes como Durkheim ou Freud. Ainda hoje muitos investigadores partem deste postulado e continuam a procurar, apoiados em escalas de atitudes ou em testes psicológicos, as diferenças entre homens e mulheres. E obtêm resultados que raramente são contestados, como os que atribuem às mulheres um maior interesse pela esfera das relações e dos afectos e aos homens uma maior preocupação pela autonomia e eficiência. Mas muita coisa mudou desde o princípio do século. Esta mudança reflecte-se principalmente em dois aspectos complementares: por um lado, as diferenças médias observadas entre indivíduos de sexo diferente são consideradas, por um número cada vez maior de investigadores, mais como factos sociais do que como factos da natureza e, por outro lado, dedica-se uma particular atenção à demonstração das condições que contribuem para que estas diferenças se atenuem, desapareçam eventualmente, ou se invertam. O livro de Lígia Amâncio apresenta, de modo exemplar, as duas orientações das novas investigações sobre as diferenças entre os sexos.

Já não é a natureza dos seres que define as suas características psicológicas antes a explicação se torna mais relacional: é a natureza do tecido das relações em que as pessoas participam que modela a maneira como elas se comportam em relação aos outros, como elas se representam reciprocamente e como se constroem uma identidade própria.

Como Lígia Amâncio também sublinha, esta mudança de perspectiva deve-se, e primeiro lugar, a uma transformação nas relações sociais, ao facto de as mulher reivindicarem com mais ou menos sucesso a igualdade em relação aos homens e todos os sectores da vida social. Mas o livro também mostra como a psicologia contribui para esta mudança de mentalidade. Em primeiro lugar, ao fazer um balanço das concepções ideológicas ou estereótipos do masculino e do feminino, que alguns designariam por teorias ingénuas. Em segundo lugar, mostrando através de estudos experimentais que os determinismos sociais podem ser atenuados ou invertidos curto período de duração de uma intervenção experimental que modifique as relações entre o(a)s representantes dos grupos de sexo.

Mas a momento do balanço implica, obviamente, a delimitação de quatros de referência teórica para enquadrar as mudanças, tanto históricas como experiencia nas crenças analisadas. Este trabalho de inventariação é efectuado nas revistas de literatura que iniciam cada capítulo do livro e que restituem os principais desenvolvimentos da investigação em psicologia social. Em seguida, com o objectivo de preparar a sua reflexão experimental propriamente dita, Lígia Amâncio apresenta-nos igual mente novas investigações por ela efectuadas sobre os estereótipos masculino e feminino, junto de uma população de estudantes universitários de Lisboa, trabalhadores e não trabalhadores. Nesses estudos, a autora utiliza técnicas recentes que combinam análises qualitativas e quantitativas, para a apreensão das representações sociais que constituirão a matéria-prima, cujas transformações serão estudadas, experimental mente, nos capítulos seguintes.

No entanto, o procedimento experimental adoptado pela autora não se desenvolve num vazio social e histórico. E é precisamente porque ela não se abstém do contexto sócio-cultural, que os resultados ganham uma amplitude mais extensa. Em primeiro lugar, no que diz respeito à assimetria entre homens e mulheres, inscrita na nossas relações sociais. Esta desigualdade reflecte-se nas avaliações mais discriminatórias das decisões assumidas por mulheres que são supostas respeitar, mais do que os homens, um papel sexual, nomeadamente nas situações de tomada de decisão e de exercício do poder. Tudo se passa como se os homens fossem representados como mais libertos dos condicionalismos externos, ao contrário das suas colegas do sexo feminino que, quando não respeitam as normas do seu papel, são muitas vezes considera- das desviantes, não só pelos homens, mas também pelas mulheres que aderem d ideologia conservadora. Estes são alguns dos resultados que, embora histórica e culturalmente situados, não deixam de ser observados nas nossas sociedades, ditas avançadas».

Tratar-se-á, então, de dinâmicas irreversíveis? Retomando um paradigma clássico para estudar as dinâmicas de identidade social nas relações entre grupos, a autora questiona até que ponto é que as dinâmicas de identidade não poderão inflectir os determinismos sociológicos. Num estudo efectuado numa empresa pública. as dinâmicas de identidade parecem ceder às dinâmicas de discriminação sexual Os quadros técnicos do sexo masculino diferenciam-se quer dos outros quadros do seu sexo quer das mulheres, enquanto que a dinâmica identitária das mulheres não consegue produzir uma discriminação que reverta a seu favor. Mas talvez seja necessário considerar, tal como o fez Lorenzi-Cioldi, em cujo trabalho a autor se inspira, que o próprio conceito de identidade grupal é polissémico. Neste sentido, a identidade tanto pode referir-se a uma afirmação de individualidade singular num grupo de indivíduos igualmente únicos, que se distingue dos outros grupas sob a forma de um colectivo original, como pode assumir um significado mais funcional, desde que determinada pela procura das semelhanças, tanto no interior do grupo como fora dele.

Assim, quando os indivíduos se encontram desinseridos do mundo do trabalho,no curto período da formação universitária pós-laboral, as coisas modificam-se Neste contesto, e em certas condições experimentais, as mulheres também afirmam uma identidade pessoal, tanto em relação às outras mulheres, como em relação aos homens. Ou seja, elas sabem assumir uma identidade, própria de um colectivo original. Isto quer dizer que estamos perante uma modalidade de ser que não é exclusiva de um grupo de sexo, mas que também pode ser suscitada no outro sexo através da mudança das condições sociais que regem as relações com os representantes do outro grupo.

Para além destas duas características principais, a de balanço teórico por um lado, e a de reflexão experimental sobre esse balanço por outro, o livro de Lígia Amâncio assume uma função didáctica, a de transmitir as aquisições da psicologia social no domínio das diferenças sexuais, e uma função mais societal, a de mostrar que as representações ligadas às actuais relações de dominação entre os sexos não são, de modo nenhum, um reflexo de necessidades bio-psicológicas, antes são conduzidas a evoluir com a mudança daquelas relações. Deste modo, o livro responde a essa importante tarefa da psicologia social, que é a de mostrar como uma mesma pessoa pode assumir identidades diversas, de acordo com as relações sociais em que está inserida. Será uma mera coincidência que tenha sido uma compatriota de Fernando Pessoa e dos seus heterónimos a levar a cabo esta tarefa com tanto sucesso?

Willem Doise

Genève
ID: 649138380

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Vasco Oliveira

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Esteve online hoje às 13:26

Publicado 27 de abril de 2024

MASCULINO E FEMININO A construção social da diferença

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