Profissional
Descrição
Nikolai Gogol - O Retrato
Edição Quasi de 2008
Tradução de Tatiana Carmo
Gógol começou a trabalhar em O Retrato em 1831, ao mesmo tempo que escrevia a Avenida Névski. A primeira redacção foi terminada, o mais tardar, em meados de 1834, tendo provocado a crítica severa de, por exemplo, Vissarion Belínski. No início dos anos quarenta, ou seja, quando Gógol já terminara a primeira parte de Almas Mortas e se preparava para criar a segunda, a primeira versão de O Retrato é refeita e publicada, em 1842, na revista Sovreménnik.
CRÍTICAS DE IMPRENSA
Este O Retrato é o mais romântico dos “contos de Petersburgo”, quanto mais não seja pelo tema central — o pacto com o demónio. É também uma profunda reflexão sobre a vida e a arte (a arte imitação da natureza ou imitação de Deus?), prefigurando o grande dilema da vida e da obra do próprio Gógol, do seu próprio destino: vamos encontrar em O Retrato o delineamento das grandes contradições que envolveram a criação de Almas Mortas, a grande hesitação e, finalmente, o repúdio da segunda parte deste livro, a queima da obra espúria, etc. É também, evidentemente, um conto sobre a cidade castradora — Petersburgo. Desta vez, é um pintor que se vê privado do seu talento por obra do excesso de realismo e da ambição de glória e riqueza que nele desperta a cidade…Tal como nos outros “contos de Petersburgo”, com Gógol quase acreditamos que o mal não é russo e que Petersburgo não é Rússia: aqui, entre os pobres cinzentões de Kolomna (bairro periférico a oeste de Petersburgo), o Diabo é ardente, agiota e estrangeiro…»
Filipe Guerra
Edição Quasi de 2008
Tradução de Tatiana Carmo
Gógol começou a trabalhar em O Retrato em 1831, ao mesmo tempo que escrevia a Avenida Névski. A primeira redacção foi terminada, o mais tardar, em meados de 1834, tendo provocado a crítica severa de, por exemplo, Vissarion Belínski. No início dos anos quarenta, ou seja, quando Gógol já terminara a primeira parte de Almas Mortas e se preparava para criar a segunda, a primeira versão de O Retrato é refeita e publicada, em 1842, na revista Sovreménnik.
CRÍTICAS DE IMPRENSA
Este O Retrato é o mais romântico dos “contos de Petersburgo”, quanto mais não seja pelo tema central — o pacto com o demónio. É também uma profunda reflexão sobre a vida e a arte (a arte imitação da natureza ou imitação de Deus?), prefigurando o grande dilema da vida e da obra do próprio Gógol, do seu próprio destino: vamos encontrar em O Retrato o delineamento das grandes contradições que envolveram a criação de Almas Mortas, a grande hesitação e, finalmente, o repúdio da segunda parte deste livro, a queima da obra espúria, etc. É também, evidentemente, um conto sobre a cidade castradora — Petersburgo. Desta vez, é um pintor que se vê privado do seu talento por obra do excesso de realismo e da ambição de glória e riqueza que nele desperta a cidade…Tal como nos outros “contos de Petersburgo”, com Gógol quase acreditamos que o mal não é russo e que Petersburgo não é Rússia: aqui, entre os pobres cinzentões de Kolomna (bairro periférico a oeste de Petersburgo), o Diabo é ardente, agiota e estrangeiro…»
Filipe Guerra
ID: 625007179
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Publicado 24 de maio de 2024
Nikolai Gogol - O Retrato
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