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Novecento 1900 (Bernardo Bertolucci)
Novecento 1900 (Bernardo Bertolucci)
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NOVECENTO 1976

Selado de origem

Edição Portuguesa 2 DVDs

Em 25 de Abril de 1945, com o fim do regime de Mussolini, o povo pega em armas para se vingar dos antigos patrões, entre os quais se encontra a família Berlinghieri.

Voltando atrás no tempo, assistimos ao nascimento quase simultâneo de Alfredo Berlinghieri (Robert De Niro) e Olmo Dalcò (Gérard Depardieu). O primeiro será o patrão de uma família da aristocracia rural da Emília-Romagna, e o segundo liderará os pobres camponeses, explorados pelos senhores da região.

Tal não os impede de, ao crescer juntos, se tornarem amigos, numa amizade que vai do crescimento aos primeiros amores e desilusões, mesmo que ela nem sempre seja sinónimo de compreensão, num mundo onde patrões e camponeses estão sempre em conflito, sob o peso do fascismo, aqui representado pelo sádico capataz Attila (Donald Sutherland).

Bernardo Bertolucci faz uma homenagem ao cinema clássico que é também uma homenagem ao povo italiano do seu século, na Emília-Romagna, e ao despertar de uma consciência social que vinha marcando a Itália do pós-guerra e da qual o realizador desde sempre se mostrou adepto, mais concretamente da ascensão do comunismo nas suas origens rurais e populares.

Um filme épico de mais de cinco horas, que é manifestamente um retrato da luta de classes que descreve um momento da história de Itália. Poder-se-ia resumir o filme, historicamente, como o nascimento do ideal socialista italiano, a partir das desigualdades sociais e da luta dos camponeses na primeira metade do século XX. Bertolucci nunca esconde de que lado está, nem qual o propósito do seu filme. Com uma forte dicotomia, Bertolucci representa os camponeses como humildes, bondosos, sofrendo injustamente, enquanto os patrões são arrogantes, distantes, ambiciosos e, quando muito (como acontece com Alfredo), ausentes, fechando convenientemente os olhos à injustiça.

O regime fascista é representado por Donald Sutherland: cruel, sádico, o cão de guarda dos patrões, pronto a aniquilar qualquer foco de resistência, mesmo quando os despreza e os vê apenas como garantes da ordem, mas moralmente inferiores aos verdadeiros fascistas.

Mas “1900” é muito mais: fazendo uso da sua longa duração, da música comovente de Ennio Morricone e da fantástica fotografia de Vittorio Storaro, o filme é quase um documentário, que nos deixa pairar sobre um outro mundo, que filma com tempo, demorando-se nas cenas mais nostálgicas e planos gerais, parando para traçar quadros dos campos, das condições de vida, dos rituais sazonais dos agricultores, num espírito bem neo-realista, onde não faltam as danças e cantares tradicionais, e por vezes as imagens parecem captadas sem que os personagens saibam que estão a ser filmados.

Num ritmo solene, mas sempre vívido, Bertolucci intercala na perfeição a languidez dos campos e momentos quase documentais com a ação e o drama dos protagonistas, fazendo conviver um neo-realismo quase académico com uma abordagem épica e altamente encenada.

Mais uma vez, o realizador mostra como usa com mestria a caracterização de espaços, tempos e momentos para crispar tensões e sentimentos.

Usando um elenco internacional que inclui Robert De Niro (admiravelmente vulnerável, complexo, quase sempre perdido nas suas intenções), Gérard Depardieu (contemplativo, contido, como uma força da natureza que ainda não descobriu o seu poder), Dominique Sanda (intempestiva e complexa), Donald Sutherland (deliciosamente sádico), Burt Lancaster e Sterling Hayden (ambos como figuras bíblicas e majestosas de um tempo já desaparecido), “1900” destaca-se também pelas interpretações, com espaço para que todos possam brilhar, mesmo que os retratos de Attila e Regina possam ser demasiado caricaturais (algo que os atores conseguiram transformar em seu favor).

O filme, com mais de 12 mil figurantes, não deixa ninguém indiferente, seja pelos dramas familiares seja pelo retrato social, ou ainda pela beleza estética com que Bertolucci reconstrói a Itália depauperada e estilhaçada do tempo do fascismo.

Como curiosidade, destaque-se a presença no elenco do conhecido produtor português Paulo Branco, no papel de Orso Dalcò.

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Publicado 05 de agosto de 2025

Novecento 1900 (Bernardo Bertolucci)

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