A questão ser a favor ou contra o Mercado Comum não tem qualquer sentido, menos ainda do que a outra questão não tão abstracta ou absoluta, mas ainda assim próxima desta que é a de se ser a favor ou contra a adesão ao Mercado Comum...

Não se é por ou contra o Mercado Comum! Talvez D. Quixote quebrasse lanças contra as velas volteando indiferentes, escaqueirando-as (e escaqueirando-se) em cada assalto contra os ventos (da história) que fazem trabalhar as mó...

Nem mesmo nos parece que se possa dizer que se é por ou contra a associação ou a adesão ao Mercado Comum.
Quase com solenidade afirmamos que há que se estar informado para tomar posição relativamente à relação a ter e a desenvolver com uma organização de espaço económico capitalista, como o é o Mercado Comum, tendo em atenção o que ele mesmo está em permanente evolução.

E com igual solenidade queremos afirmar que essa tomada de posição, qual ela seja, é uma tomada de posição que se insere na luta de classes, de que a integração económica — as integrações económicas — são expressão, como respostas à internacionalização irreversível da actividade económica, e respostas com conteúdo de classe que as torna qualitativamente diferentes, insusceptíveis de paralelismos ou convergências.

A questão não é ser por ou contra o Mercado Comum, tal como não é ser por ou contra a adesão ao Mercado Comum. A questão tem de ser localizada: a quem serve — hoje — esta forma de ligação a concretizar com este — de hoje — Mercado Comum

Do Posfácio

Autor: Sérgio Ribeiro

Editora: Estampa

Colecção: Polémica

Capa Mole

338 Páginas

Entrega em mão à saída das estações da CP entre Sintra/Oriente: Gratuita

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