Se há injustiça que a Academia Nobel cometeu, foi nunca ter atribuído o prémio a Thomas Hardy. Teve muito tempo para o fazer, visto que este autor inglês faleceu em 1928, mas o preconceitos da época não suportavam a visão pouco religiosa e a forma inovadora como construía as suas personagens, particularmente as femininas.
Virgínia Wolf disse deste mestre da escrita de origens muito modestas, que ele era o maior escritor trágico de todos os romancistas ingleses e que invejava a sua invulgar capacidade de escrita. Todavia, viu-se obrigado a escrever apenas poesia a partir de 1895, tal foi a reação puritana aos seus romances.
“O Pregador Atormentado” é uma obra um pouco atípica dentre a produção de Hardy. Tem um pouco de supense, algum humor, mas como sempre em Hardy não se consegue parar de ler.
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