"O Recurso do Método"
de Alejo Carpentier

1ª Edição de 1977
Livraria Bertrand
Coleção Latinamérica
340 Páginas

"O Recurso do Método", de Alejo Carpentier, é uma obra de ficção histórica que explora a complexa relação entre a América Latina e a cultura europeia, especialmente a francesa. Através da narrativa, Carpentier questiona a noção de "realismo mágico" e a influência da cultura europeia nas sociedades latino-americanas.

Alejo Carpentier que explora o contexto político e cultural da América Latina, com foco num ditador conhecido como Primeiro-Magistrado. A narrativa se passa entre 1913 e 1940, período que acompanha a ascensão e queda do ditador no poder.

A obra também serve como uma reconstrução da história, levando o leitor a reestruturar o significado dos eventos históricos que são abordados, como a ascensão e queda do Primeiro-Magistrado.

Alejo Carpentier (Havana 26 de dezembro de 1904 — Cuba, 24 de abril de 1980) foi um novelista, ensaísta e musicólogo cubano, de origem franco-suíça.

Filho de um arquiteto francês que dois anos antes se transferira para Cuba, aos dezassete anos desiste do estudo de arquitetura para tornar-se jornalista. Em 1928 é preso, por razões políticas, e foge, com ajuda de intelectuais franceses, para a França, onde fica até 1939, ano em que retorna a Cuba para trabalhar no rádio. De 1945 até 1959 mora na Venezuela, regressando mais uma vez a Cuba, após a vitória da revolução, para dirigir a Editora Nacional. A partir de 1966 vai morar em Paris onde exerce a função de ministro-conselheiro junto à embaixada cubana, até sua morte, em abril de 1980.

Sua literatura é frequentemente associada ao realismo fantástico, que ele denominava "real maravilhoso". Suas obras mais renomadas são A música em Cuba, um estudo sobre as influências africanas|afro]]-europeias na arte musical cubana, e O reino deste mundo, uma recriação dos acontecimentos que precederam a independência haitiana até um Haiti em pleno período republicano, a transição de colônia francesa, governada por brancos, para uma nação negra regida pelo primeiro monarca coroado no Novo Mundo. Estimulado pela prodigiosa história original e valendo-se de um magistral domínio dos recursos narrativos, Carpentier recria, nesta obra, um mundo exuberante, descomedido e legendário, inaugurando o que foi chamado de real maravilhoso (ou realismo mágico).

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