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Descrição
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Titulo: Os Fidalgos da Casa Mourisca (Crónica da Aldeia)
Autor: Júlio Dinis
Introdução: Ernesto Rodrigues
Edição: Editora Ulisseia
Páginas: 435
Sinopse:
No centro de uma laboriosa aldeia minhota eleva-se um casarão imponente mas em que os sinais de abandono são difíceis de esconder. Chama-lhe o povo a Casa Mourisca, e é o solar dos Negrões de Vilar de Corvos. Derrotado pela revolução liberal e pelos desgostos pessoais, o velho D. Luís não consegue evitar a amargura de ver da sua janela a herdade de Tomé da Póvoa, seu antigo criado de lavoura, crescer e fazer sombra à sua. Para aumentar a sua angústia, quando Berta, a bela filha de Tomé, regressa de Lisboa, onde estudou, os filhos do fidalgo não conseguem deixar de olhar com interesse a jovem de condição inferior...
Os Fidalgos da Casa Mourisca é um dos três romances de ambiente rural de Júlio Dinis as suas Crónicas da Aldeia e partilha com As Pupilas do Senhor Reitor e a Morgadinha dos Canaviais a observação realista e as convicções liberais do autor.
No caso dos Fidalgos da Casa Mourisca, a ideologia burguesa e liberal é evidente na estrutura da intriga, que desenvolve uma luta vitoriosa do trabalho contra a ociosidade e os privilégios de nascimento. No combate de Jorge, o filho mais velho de D. Luís, para salvar a sua casa ancestral da ruína com a ajuda de Tomé da Póvoa, surgem observações que ainda hoje nos proporcionam um quadro interessante e vívido da época: a nova instituição do crédito predial, que oferece capital a juros razoáveis aos que querem investir na lavoura, a nova burguesia rural, empreendedora e informada, e o caminho que se abre a homens como o antigo criado da Casa Mourisca quando a liberdade política introduzida com o liberalismo e o fim dos morgadios começa a libertar terras antes imobilizadas e estéreis por falta de interesse dos proprietários. O esforço nem sempre bem sucedido do novo regedor para se impor aos antigos senhores, que só formalmente perderam o poder, oferece outro aspeto de um Portugal arcaico que observamos com interesse.
De resto, a vivacidade, o otimismo e as intrigas amorosas suportam um livro que resiste bem à militância política do autor nos ideais burgueses do Portugal do século XIX, de tal modo que continua, como os outros romances do autor, a ter um público persistente não escolar em todos os países de língua portuguesa.
C/Olx
Titulo: Os Fidalgos da Casa Mourisca (Crónica da Aldeia)
Autor: Júlio Dinis
Introdução: Ernesto Rodrigues
Edição: Editora Ulisseia
Páginas: 435
Sinopse:
No centro de uma laboriosa aldeia minhota eleva-se um casarão imponente mas em que os sinais de abandono são difíceis de esconder. Chama-lhe o povo a Casa Mourisca, e é o solar dos Negrões de Vilar de Corvos. Derrotado pela revolução liberal e pelos desgostos pessoais, o velho D. Luís não consegue evitar a amargura de ver da sua janela a herdade de Tomé da Póvoa, seu antigo criado de lavoura, crescer e fazer sombra à sua. Para aumentar a sua angústia, quando Berta, a bela filha de Tomé, regressa de Lisboa, onde estudou, os filhos do fidalgo não conseguem deixar de olhar com interesse a jovem de condição inferior...
Os Fidalgos da Casa Mourisca é um dos três romances de ambiente rural de Júlio Dinis as suas Crónicas da Aldeia e partilha com As Pupilas do Senhor Reitor e a Morgadinha dos Canaviais a observação realista e as convicções liberais do autor.
No caso dos Fidalgos da Casa Mourisca, a ideologia burguesa e liberal é evidente na estrutura da intriga, que desenvolve uma luta vitoriosa do trabalho contra a ociosidade e os privilégios de nascimento. No combate de Jorge, o filho mais velho de D. Luís, para salvar a sua casa ancestral da ruína com a ajuda de Tomé da Póvoa, surgem observações que ainda hoje nos proporcionam um quadro interessante e vívido da época: a nova instituição do crédito predial, que oferece capital a juros razoáveis aos que querem investir na lavoura, a nova burguesia rural, empreendedora e informada, e o caminho que se abre a homens como o antigo criado da Casa Mourisca quando a liberdade política introduzida com o liberalismo e o fim dos morgadios começa a libertar terras antes imobilizadas e estéreis por falta de interesse dos proprietários. O esforço nem sempre bem sucedido do novo regedor para se impor aos antigos senhores, que só formalmente perderam o poder, oferece outro aspeto de um Portugal arcaico que observamos com interesse.
De resto, a vivacidade, o otimismo e as intrigas amorosas suportam um livro que resiste bem à militância política do autor nos ideais burgueses do Portugal do século XIX, de tal modo que continua, como os outros romances do autor, a ter um público persistente não escolar em todos os países de língua portuguesa.
C/Olx
ID: 665189651
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Publicado 09 de setembro de 2025
Os Fidalgos da Casa Mourisca (Crónica da Aldeia) de Júlio Dinis
3 €
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