Nero. Quem foi, na verdade, este jovem imperador que se exibia como actor, cantor, condutor de quadrigas e poeta perante a plebe de Roma?
Como foi possível que ele, que ordenou as mortes da mãe, Agripina, do irmão, Britânico, e da mulher, Octávia - e de tantos outros! -, tivesse como conselheiros o filósofo Séneca e o letrado Petrónio? Terá sido ele o anticristo que, após o incêndio de Roma, apontou os cristãos como culpados e ordenou a imolação desses mártires para iluminar as festas imperiais? Esta é uma visita privilegiada à decadente Roma de Nero, pelas suas ruas, pelos meandros do Senado e dos palácios, pelos jogos de poder, dramas e conspirações da sua corte. Vemo-lo entregar-se ao deboche, à luxúria, à crueldade. Ele, que teme as conspirações e manda torturar e matar os seus rivais, para, em seguida, recitar, cantar e tocar. O ambíguo Nero, que é aclamado pela plebe nos anfiteatros e que deixará o seu nome gravado a sangue na História que ele próprio ajudou a fazer.

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