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"Poesias de Mário de Sá-Carneiro" - Edição de 2005
"Poesias de Mário de Sá-Carneiro" - Edição de 2005
"Poesias de Mário de Sá-Carneiro" - Edição de 2005
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  • Tipo: Poesia

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Descrição

"Poesias de Mário de Sá-Carneiro"

Introdução de Maria Ema Tarracha Ferreira

Edição de 2005
Editorial Verbo e Editora Ulisseia
Coleção Clássicos Verbo
356 Páginas
Bela encadernação editorial

SALOMÉ

Insónia rôxa. A luz a virgular-se em mêdo,
Luz morta de luar, mais Alma do que a lua...
Ela dança, ela range. A carne, alcool de nua,
Alastra-se pra mim num espasmo de segrêdo.

Tudo é capricho ao seu redór, em sombras fátuas.
O arôma endoideceu, upou-se em côr, quebrou.
Tenho frio. Alabastro! A minh'Alma parou.
E o seu corpo resvala a projectar estátuas.

Ela chama-me em Iris. Nimba-se a perder-me,
Golfa-me os seios nus, ecôa-me em quebranto.
Timbres, elmos, punhais. A doida quer morrer-me:

Mordoura-se a chorar--ha sexos no seu pranto.
Ergo-me em som, oscilo, e parto, e vou arder-me
Na bôca imperial que humanisou um Santo.

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Poeta e ficcionista, com Fernando Pessoa e Almada Negreiros, Mário de Sá-Carneiro constitui um dos principais representantes do Modernismo português. Partindo para Paris, em 1912, para cursar Direito, estudos que abandonaria pouco depois, a figura de Mário de Sá-Carneiro assume uma importância basilar para a compreensão do modo como o Modernismo português se foi formando com caracteres próprios na recepção das correntes de vanguarda europeias, processo de que a correspondência que estabeleceu com Fernando Pessoa dá um testemunho documental precioso e que culminaria com a publicação de Orpheu, em 1915.
O seu suicídio, com 26 anos, parecendo vir selar aquele sentimento de inadaptação à vida, de permanente incompletude, de narcísico auto-aviltamento e, sobretudo, de consciência dolorosa da irremediável cisão do eu, consubstanciada na dramática tensão entre um eu, vil e prosaico, e um outro, seu duplo ideal, que alimentaram tematicamente a obra, nimbou-o para a posteridade de uma aura de poeta maldito, que deixaria um forte ascendente sobre a poesia contemporânea de gerações posteriores à sua. Com efeito, a mensagem poética do autor de Indícios de Oiro ecoa postumamente na literatura presencista da geração de 50 e até surrealista, passando por nomes absolutamente diversos como Sebastião da Gama, Mário de Cesariny ou Alexandre O'Neill, entre muitos outros.

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Raul Ribeiro

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Publicado 16 de abril de 2024

"Poesias de Mário de Sá-Carneiro" - Edição de 2005

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