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Característicos:
Autor: Júlio Pomar ; Mário Dionísio
Colab. Carlos Filipe Moisés, Maria Helena Melim Borges
Editor: Artemágica
Data de lançamento: novembro 2012
Dimensões: 27,8 x 31,7 cm
Encadernação: Capa mole
Nº Páginas: 170
Encadernação: Capa mole

Resumo:
Este álbum é uma reedição do livro "Pomar - XVI Desenhos", publicado em Abril de 1948 aquando da primeira exposição individual de Júlio Pomar, na Galeria Portugália, Porto, em Setembro do ano anterior. O texto que o integra é da autoria do escritor, professor e crítico de arte Mário Dionísio. A presente edição é enriquecida com 9 desenhos da prisão, realizados no Forte de Caxias, onde Júlio Pomar esteve detido de 27 de Abril a 26 de Agosto de 1947. Alexandre Pomar, também crítico de arte, faz uma nota de abertura onde enquadra o trabalho deste artista no contexto político-social da época.

Este é um livro que foi concebido para funcionar autonomamente e para servir, ao mesmo tempo, como uma extensão da exposição Fernando Pessoa: Plural como o Universo. O célebre escritor é tão plural quanto o universo dos seus leitores e é esta faceta da sua multiplicidade – as muitas maneiras em que a sua obra é lida, apropriada, citada e experienciada – que o livro pretende destacar. Foram convidados estudiosos mas também poetas, filósofos, músicos, artistas plásticos e outros profissionais para falarem sobre Pessoa no espaço de uma página. São 55 colaboradores ao todo e vêm de vários países para além de Portugal (Cleonice Berardinelli do Brasil, Antonio Damasio dos Estados Unidos, George Steiner de Inglaterra, etc.). Todos os textos são de algum modo ilustrados, normalmente por um ou mais excertos da obra pessoana ou por um documento do seu espólio, mas às vezes por fotos ou outras imagens.

Uma segunda secção do livro consiste num breve historial – contado através de imagens – do teimoso sonho de Pessoa de editar revistas e livros. Segundo explica Richard Zenith no prefácio ao livro, “a necessidade de escrever e o impulso de publicar estiveram, desde cedo, intimamente ligados” em Pessoa, que, já em criança, “se imaginava no papel de um editor que publica textos redigidos por outros, ou redigidos por si em nome de outros”.

Profusamente ilustrado com fotos, fac-símiles da obra de Pessoa (incluindo originais inéditos), cartas astrológicas e outras imagens, o livro presta homenagem, tal como o título promete, aos três momentos cruciais para a existência daquilo a que chamamos literatura: a palavra escrita, a palavra publicada e a palavra recebida pelas pessoas que a lêem.