Se não queremos- todos os que , pelo coração e pela inteligência, vivemos a gravidade da situação e a sua aguda circunstância. Deixar sem resposta aquele sentimento, havemos de encontrar urgentemente a fórmula que permita traçar, com imaginação e audácia mas também com realismo e pertinácia, um plano actual, em perfeita consonância com as condições mundiais e portuguesas de momento- por um lado, e com os nossos valores centrais- por outro. É urgente- para todos os portugueses que, como Fernando Pessoa, se sentem desempregados desde que se descobriu o caminho marítimo para a Índia- definir que expressão actual pode assumir o nosso projecto nacional de sempre ou, por outras palavras, que forma pode (e deve) tomar um projecto nacional para hoje.

Edições do Templo 1978