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Intitulado, localizado e datado no reverso Paisagem da Andaluzia / Espanha 1959

Eugenio Trallori nasceu em 1932 em Florença. Seu pai, um renomado advogado, quis transmitir-lhe a profissão, mas Eugênio desde muito cedo demonstrou interesse pela pintura. A mãe levou-o a museus onde admirava Botticelli, Michelangelo e tudo o que Florença tinha para oferecer, depois matriculou-se na universidade e estudou filosofia. Ao mesmo tempo começou a escrever poemas e rapidamente sentiu a necessidade de traduzi-los em cores, em pinturas.

A sua primeira pintura, “A Terra e o Céu” já testemunha a sua busca perpétua pelo absoluto que norteará a existência de Eugenio Trallori. Deixou Florença em 1954, aos 22 anos, rumo a Aix en Provence e ingressou nas Beaux-Arts da cidade, passando lá um ano, e regressou a Paris onde ingressou no atelier de Jean Souverbie ao mesmo tempo que desenvolvia cada vez mais a abstração. o que lhe permite expressar o indizível.

Uma viagem à Noruega encorajou-o a criar paisagens e natureza que lhe evocavam o alvorecer do mundo. Ele então viajou cada vez mais para o Paquistão com um amigo poeta e começou a pintar rostos novamente em 1963. Em 1974, Trallori retornou à Índia e viajou para lá inúmeras vezes até 1997. Ele passou quatro anos em um ashram, o que gradualmente o levou a se concentrar no judaísmo, no cristianismo e no islamismo. Assim, a sua pintura não tem a ambição de testemunhar uma fé religiosa.

Hoje, Trallori pode ser colocado entre os pintores surrealistas, transformando a realidade em imaginação. Suas pinturas, emprestadas tanto das religiões quanto das trocas humanas, transmitem uma mensagem que é dirigida a cada um de nós.