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Reflexões sobre a música 
Fernando Lopes-Graça
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Descrição

REFLEXÕES SOBRE A MÚSICA
(Segunda edição muito aumentada)
Fernando Lopes-Graça
Edições Cosmos – Lisboa - 1978
Páginas:264
Dimensões: 195x135 mm

Exemplar em muito bom estado, alguns picos de desgaste na capa.

PREÇO:18.00€
PORTES DE ENVIO INCLUÍDOS, em Correio Normal/Editorial, válido enquanto esta modalidade for acessível a particulares.
Envio em Correio Registado acresce a taxa em vigor.

ÍNDICE

INTRODUÇÃO À EDIÇÃO DAS OBRAS LITERÁRIAS.
DA NATUREZA E VALOR DA MÚSICA DA CRIAÇÃO E DAS OBRAS

Polifonia e harmonia.
À volta do dodecafonismo
Breve defesa de Milhaud
Beethoven Bela Bartok: um encontro
Uma entrevista
DA INTERPRETAÇÃO E DOS INTÉRPRETES.
Virtuosos.
Outra vez o virtuosismo e os virtuosos.
Virtuosidade extrospectiva e virtuosidade introspectiva
Romantismo e equilibrio
Um grande violinista: Jacques Thibaud
Biografia e interpretação.
Historicismo e música viva...
Weingartner e o critério histórico da interpre tação

A MÚSICA E O HOMEM

A música e o homem
Doutrinas antimusicais
Música e cultura
Variações sobre o fado
O estilo religioso na música
Breves considerações acerca do valor e do sentido cultural e social dos orfeãos
Dois diálogos
O testamento musical de Prokofieff

NUNCA eu poderia imaginar alguma vez que os meus escritos viessem um dia a merecer de um editor a honra de uma copilação geral sob a luzida designação de Obras Literárias. Copilação geral é maneira um tanto forçada de dizer, pois que, na realidade, muito fica ainda fora da recolha: bastante miuçalha crítica em diversos periódicos, colaboração menor em enciclopédias, uma que outra entrevista ou artiguito em jornais, praticamente toda a contribuição pessoal no Dicionário de Música, primeiramente gizado por meu ilustre mestre Tomás Borba - sem falar nas traduções de escritores como Roussean, Balzac, Romain Rolland, Thomas Mann, Keller, Mörike, bem assim de uma meia dúzia de obras teóricas da música.

Quanto à expressão Obras Literárias, será talvez aconselhável que sobre ela nos detenhamos um instante, para vermos o que ela propriamente aqui significa. É possível que semelhante expressão choque muitos dos aristarcos, encartados ou leigos, das nossas letras, para quem o «literário»é coisa de todo específica, circunscrita tão-só ao domínio das belas-letras, o romance, a poesia, o drama, o ensaio, e assim de seguida.

Tranquilizem-se eles. O autor não é de facto um literato, não é um escritor, no sentido mais corrente e mais prezado da palavra, tal como já teve ocasião de o expressar em escrito público (1). Porque chamar então Obras Literárias à copilação das prosas de um autor que confessa não ser nem literato nem escritor?

A coisa não é nova nem arbitrária. Folheie-se um bom dicionário de música, como seja, por exemplo, o universalmente conceituado Grove's Dictionary of Music and Musicians, e lá se verá, na biografia dos músicos que se exprimiram também em prosa, depois da lista das obras musicais, a lista das suas obras literárias (Literary Works). É uma questão de método, método que muito naturalmente se seguiu nesta copilação, sem que daqui possa vir mal nem ao mundo nem às letras, ao que julgamos.

Posto isto, digamos alguma coisa sobre a ordem de publicação dos volumes que compõem estas Obras Literárias.

O critério adoptado foi dar-se prioridade aos escritos rubricados de inéditos e esparsos, e que, convenientemente arrumados, formam os cinco volumes (8, 13, 14, 15, 16) já aparecidos. Aos inéditos e esparsos pertence ainda o volume (17) do Diário (ou quase). Porém, por razões
obvias, este volume só aparecerá em derradeiro lugar, após as reedições.

Compreendem estas todos os livros e monografias do autor que, de 1940, com o Breve ensaio sobre a evolução das formas musicais, a 1967, com Musicália (ed. portuguesa), vieram a lume em diversas editoras. Deste lote fica excluído o livro intitulado Páginas escolhi- das de crítica e estética musical, publicado em 1967; e isto por motivos perfeitamente compreensíveis, pois que se trata, em fim de contas, de uma antologia de escritos já anteriormente dados à estampa.

As reedições, algumas das quais se apresentam aumentadas, não seguirão uma ordem rigorosamente cronológica. Obsta a isso a arrumação que houve ora que dar a todo este material, algumas publicações de menor tomo devendo ser reunidas, consoante critérios de maior ou menor afinidade temática, em três volumes, a que se deu a designação de Opúsculos. Os dezoito títulos que se situam entre 1940 e 1967 ficam, assim, reduzidos a onze volumes, os que, no plano original das Obras Literárias, levam os n." 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 9, 10, 11 e 12, inéditos e esparsos, por um lado, reedições, por outro, vindo, alfim, a perfilar-se numa ordenação progressiva e metódica.

Ficam assim compendiadas todas as «prosas» (ou a grandissima maioria delas) que o autor lançou ao papel no lapso de tempo transcorrido entre Dezembro de 1928 (primeiros artigos no jornal A Acção) e Janeiro de 1978 (altura da redacção da presente Introdução) (1). Praticamente, cinquenta anos de actividade plumitiva, sobre cujos frutos, olhados globalmente, ele, o autor, não experimenta mais que um sentimento de perplexidade, se é que não de angústia. Do alto dos seus setenta e um anos, afigura-se-lhe que isto, esta freima escrevinhadora, não passou, no fundo, de uma acabada aventura - aventura a que não faltará o seu Quixote a esgrimir contra moinhos de vento...

O que me atirou para a aventura? - Não o vejo claramente. Passados os setenta anos, só vemos claramente (eu só vejo claramente) as obscuridades de muitos dos nossos (dos meus) comportamentos ou procedimentos anteriores. Porque fizemos isto em vez daquilo? Porque tomámos por este caminho em lugar de tomar por aqueloutro? Sabemo-lo nós perfeitamente? A vida empolga-nos, com todas as suas exaltações, com todas as suas exigências, com todas as suas contradições. Depois, vem a reflexão. Em que é que acertámos? Em que é que errámos? E é o nevoeiro. Um nevoeiro luminoso, pois a vida continua a sorrir-nos e a chamar-nos. Mas nós já não podemos abarcá-la em toda a sua complexidade, assumi-la em todos os seus riscos. E a pregunta volta, obsidiante: Acertámos? Errámos?

Não se trata aqui de renegar coisa nenhuma; trata-se, sim, mau grado as interrogativas, de sopesar, ou tentar sopesar, numa espécie de balanço, toda esta dilatada maté- ria escrita e estampada sem plano preconcebido e ao sabor das circunstâncias, umas prementes, outras inteiramente fortuitas, todas, não obstante, assumidas com empenhada consciência.

Tiveram alguma utilidade, serviram para alguma coisa os artigos, as críticas, as polémicas, os ensaios, os estudos que se alongarão por estas muitas e muitas centenas de páginas? Isto é: traduzindo-se tudo isto, ou ao menos uma parcela de tudo isto, em proveito e benefício dos seres que lhe deram um momento de atenção? Ficou alguém que leu as prosas mais rico ou mais esclarecido? Vamos mais longe: Serviram elas nalgum aspecto a cultura portuguesa e a ilustração dos portugueses?
ID: 655226457

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Vasco Oliveira

No OLX desde maio de 2017

Esteve online dia 01 de junho de 2024

Publicado 17 de maio de 2024

Reflexões sobre a música Fernando Lopes-Graça

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