Data de 1982 este sintetisador guardado em boas condições.
Em estado impecável, talvez seja raro encontrar algum assim, original.

"Para muitos, os sintetizadores da série Juno de Roland são o auge do design de sintetizadores: sintetizadores polifônicos simples e fáceis de usar com um caráter sonoro distinto e evocativo. Causaram uma impressão poderosa quando introduzidos pela primeira vez, usados por músicos que vão de Madonna a Duran Duran, A-Ha, Enya e inúmeros outros.
Tão profundamente no som de pop dos anos 1980, estes sintetizadores ainda carregam consigo um sentimento distinto de nostalgia – e muitos músicos modernos usam-nos agora para evocar os sons do passado, criando um ar imediato e poderoso de nostalgia.

Mas o que tornou esses sintetizadores tão especiais para começar? Quando apareceu no mercado em 1982, o Roland Juno-6 foi o primeiro sintetizador polifônico a ser vendido por menos de US $ 2.000. Chegando depois do Oberheim OB-X e do Sequential Prophet-5 na década de 1970 e do Júpiter-8 de Roland a partir de 1981, o Juno-6 era consideravelmente mais acessível do que seus concorrentes. Ele oferecia um interface simplificado e recursos fáceis de usar por uma fração do preço. Ao fazer isso, o Juno-6 estabeleceu um novo padrão que os desenvolvedores se esforçaram para alcançar.

O Juno-6 de 61 teclas oferece um oscilador por voz (com duas formas de onda selecionáveis) e uma poderosa seção de filtro que tinha um filtro passa-alto não ressonante e passa-baixo ressonante. é capaz de uma impressionante polifonia a seis vozes, aumentada pelos dois tipos de efeitos de coros ricos que foram incorporados.
O Roland Chorus tornou-se um recurso famoso e efeito favorito no Juno-6.
O efeito de coros funciona enviando um sinal para duas linhas de atraso rígidas. A quantidade de atraso é modulada com um LFO, o que causa mudanças graduais na frequência do sinal resultante, variando assim o passo do sinal copiado.
O efeito de coros do Juno-6 continua a ser uma de suas características mais notáveis - barulhento, mas muito amado por suas texturas espaciais giratórias.

Uma das outras características definidoras do Juno-6 foram os seus osciladores controlados digitalmente (DCO). Usados pela primeira vez por Roland no Juno-6, esses osciladores mantiveram a afinação do sintetizador muito mais consistente e estável do que os designs analógicos tradicionais. O Juno-6 empregou um oscilador analógico com controle digital para manter o sintetizador estável e torná-lo mais confiável.

O seu arpeggiador destacou-se. Tinha um alcance selecionável de até três oitavas, e três modos diferentes que se relacionavam com a direção do movimento da nota - para cima, para cima e para baixo, ou para baixo. Um fader também controla a taxa, que se relaciona com a velocidade com que o arpeggiador se move. A taxa do arpeggiador também pode ser controlada por um sequenciador externo ou outra fonte de porta através da entrada do relógio arpeggio. Na época de seu lançamento, o arpeggiator ainda era um conceito um tanto novo: permitia que os musicos criassem texturas enormes e animadas sem necessariamente serem tecladistas virtuosos.
Como tal, as canções dos anos 80 começaram a abraçar arpejos de sintetizadores rigidamente cronometrados como elementos importantes – e, de muitas maneiras, essa característica tornou-se uma característica definidora de muitos subgéneros pop relacionados a sintetizadores. Com o Juno-6, Roland trouxe a síntese polifónica ao público.
Borderline", de 1983, de Madonna, de seu álbum de estreia homónimo, contou com o Juno-6; tornar-se-ia o seu primeiro hit no top 10 das paradas da Billboard. Era um sintetizador para o overground, o underground, e tudo mais."

(publicado por perfectcircuit.com)