SEAT Ibiza 1.4 TDI – 2005. Não morre, só muda de dono!


Sim, ainda anda. E não, não é milagre.
É apenas engenharia espanhola com teimosia portuguesa.

Este Ibiza nasceu em 2005, quando ainda se usava o MSN Messenger e o pessoal metia músicas no Hi5.
Desde então já viu de tudo: filas na Vasco da Gama, portagens, e provavelmente mais rotundas do que há em França.

Motor 1.4 TDI. Pequeno, mas determinado. Gasta menos que um estagiário a almoçar fora.
Se lhe deres gasóleo e um elogio, ele vai a Espanha e volta sem reclamar.

357 mil quilómetros e todos feitos com orgulho.
Isto não é desgaste. É experiência de vida.
Há carros que têm 100 mil km e já estão cansados. Este acorda às 6h da manhã e pergunta: “e hoje que vamos onde?”

Revisão feita há poucos dias.
Correia trocada aos 330 mil, portanto ainda tem mais ritmo que muita relação de Tinder.
O motor está tão afinado que a NASA devia vir cá tirar notas. Até o Rover em Marte tinha inveja disto.

Por fora tem uns riscos e o verniz a saltar em alguns sítios, mas também… quem é que chega aos 20 anos sem umas rugas?
Isto não é desgaste, é charme vintage. Cada risco é uma medalha de guerra. É um carro com currículo, não um brinquedo de centro comercial.

Interior limpo, bancos confortáveis, e rádio moderno. Dá para meter Spotify e fingir que vives no futuro.
Nada de luzes no painel, nada de dramas. Entra, vira a chave e ele faz o resto.

Preço: 3000 euros.
Sim, três mil. Antes que digas “é caro”, lembra-te: por esse preço hoje em dia só compras uma trotinete elétrica e um capacete feio.
Isto é um carro de verdade, não um powerbank com rodas.

Se procuras um carro que te leve do ponto A ao ponto B, este leva-te até ao Z se for preciso.
Se procuras um carro que nunca te julga, mesmo quando metes gasóleo normal, este é o teu.
E se procuras um carro que, mesmo parado, parece dizer “anda, despacha-te pá”, parabéns encontraste.